sexta-feira, 23 de setembro de 2011

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O que seu filho faz depois da escola?

Atividades extra-curriculares auxiliam no aprendizado e no desenvolvimento intra e interpessoal.

É claro que não se estamos falando aqui de criança com agenda de adulto, em que o brincar, o "dormir até mais tarde" são, geralmente, desfavorecidos. E sim, de possibilidades além dos muros da escola, onde a criatividade, a convivência, o desenvolvimento de talentos e a construções de novas relações são oportunizadas sob uma ótica diferenciada. 

Clique no link abaixo, 
convide seu filho(a) para responder as perguntas e descubra o que mais combina com ele(a)! 
Aproveite a oportunidade para surpreender-se!!!


PRIMAVERA - Cecília Meireles


A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.  

Texto extraído do livro  Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1
Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.


I Fórum de Psicopedagogia de Ribeirão Preto







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Associação Brasileira de Psicopedagogia
Rua Teodoro Sampaio, 417 - conj.: 11 - Pinheiros - CEP: 05405-000
São Paulo - SP Fone/Fax: (11) 3085-7567/ 3085-2716


terça-feira, 20 de setembro de 2011

EDUCASUL - 24, 25 e 26/10 - Floripa/SC.



Tema: Professor@s em ação – Conhecimentos e Saberes em Foco

Programação dirigida a professores, educadores e gestores pedagógicos de escolas de educação infantil e ensino fundamental com conteúdo específico e os mais renomados conferencistas e palestrantes do segmento. É uma excelente oportunidade de atualização profissional e qualificação do ensino em sua escola.
Além das conferências, palestras, mesas-redondas e mini-cursos, o Educasul oportuniza a troca de conhecimento e experiências entres os profissionais da Educação através da apresentação de trabalhos, na forma oral e poster. 


Trabalhos
Confira o resultado da avaliação dos trabalhos enviados para o EDUCASUL 2011.
Clique aqui


Eu estarei lá!!!
Autismo e esquizofrenia: compreendendo diferentes condiçõesOralRosanita Moschini VargasCarlo Schmidt Aprovad

VISITE O SITE DO EVENTO:
 http://www.educasul.com.br/2011/index.html

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Livro: TRANSTORNOS E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: entendendo melhor os alunos com necessidades educativas especiais

O livro está no forno da WAK Editora!
Será lançado na Bienal do livro de Salvador/BA (http://www.bienaldolivrodabahia.com.br/)

Faço parte desta obra organizada pela reconhecida Psicopedagoga Simaia Sampaio, é de minha autoria o artigo sobre Autismo e síndrome de Asperger.

Em breve estará à venda!!!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ENCONTRO ESTADUAL DE PSICOPEDAGOGOS DO RS - ABPp/RS


XX ENCONTRO ESTADUAL DE PSICOPEDAGOGOS DO RS
&
VII MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS EM PSICOPEDAGOGIA


PSICOPEDAGOGIA: APRENDER COM AS RELAÇÕES FAMILIARES


12 E 13 novembro de 2011
Ritter Hotéis - Porto Alegre/RS

INSCRIÇÕES PELO SITE www.abpprs.com.br EM 10/09/2011
GARANTA SUA INSCRIÇÃO!


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Psicopedagogia... dica de leitura

Vivenciar Psicopedagogia é um estado de ser e estar sempre em formação, projeção e em processo de permanente criação. Criação de sentidos para nossa própria trajetória enquanto aprendentes e ensinantes, enquanto seres viventes na complexa gama de relações que estabelecemos com o nosso tempo e espaço humano. Todas as nossas ações e produções, por serem humanas, estão sempre em processo de permanente abertura, colocadas em um prisma próprio para novas interpretações e busca de sentidos e estão situadas em um movimento incessante de desconstrução e de re-construção. Dito isso de uma outra forma, afirmarmos que, no nosso tempo de reconfiguração paradigmática, os conceitos estão constantemente sendo revistos e ganhando novos significados. Com a Psicopedagogia, não podia ser diferente, visto que o pensar reflexivo sobre esta área do conhecimento se constitui em uma das importantes tarefas a ser desempenhada por quem a tem como campo de ação, profissionalidade, dedicação e estudo.

O objetivo desse livro é organizar um conjunto de idéias para colaborar para a construção de uma visão ampla sobre o que vem a ser a Psicopedagogia e seus desdobramentos conceituais, propondo-se a servir como um elemento propulsor de novas buscas e conhecimentos.
Escrito de forma clara e objetiva, o autor busca, com esse livro, a formação de uma unidade do saber, onde uma visão de conjunto sobre a Psicopedagogia se constitua como articulação em movimento, uma oportunidade aberta de perceber o quanto o fazer psicopedagógico carrega de inquietação, entusiasmo, busca, construção e reconstrução de caminhos.
Uma visão sobre Psicopedagogia como uma práxis extremamente plural, dinâmica, interdisciplinar e carregada de subjetividade. Uma obra voltada para a compreensão dos processos de ensinagem contemporâneos, seus limites e potencialidades, suas possibilidades.
 
Fonte: http://www.wakeditora.com.br/mostrar_livro/mostrar_livro.php?livro=4759

Dislexia


Por Simaia Sampaio

O que é?
 
       A dislexia é um distúrbio na leitura afetando a escrita, normalmente detectado a partir da alfabetização, período em que a criança inicia o processo de leitura de textos. Seu problema torna-se bastante evidente quando tenta soletrar letras com bastante dificuldade e sem sucesso.
Porém se a criança estiver diante de pais ou professores especialistas a dislexia poderá ser detectada mais precocemente, pois a criança desde pequena já apresenta algumas características que denunciam suas dificuldades, tais como:
 
-   - Demora em aprender a segurar a colher para comer sozinho, a fazer laço no cadarço do sapato, pegar e chutar bola.
-   - Atraso na locomoção.
-   - Atraso na aquisição da linguagem.
-   - Dificuldade na aprendizagem das letras.
 
A criança dislexa possui inteligência normal ou muitas vezes acima da média. Sua dificuldade consiste em não conseguir identificar símbolos gráficos (letras e/ou números) tendo como conseqüência disso a dificuldade na leitura e escrita.
A dislexia normalmente é hereditária. Estudos mostram que dislexos possuem pelo menos um familiar próximo com dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita.
O distúrbio envolve percepção, memória e análise visual. A área do cérebro responsável por estas funções envolve a região do lobo occipital e parietal.
 
Características:
 
- Confusão de letras, sílabas ou palavras que se parecem graficamente: a-o, e-c, f-t, m-n, v-u.
- Inversão de letras com grafia similar: b/p, d/p, d/q, b/q, b/d, n/u, a/e.
- Inversões de sílabas: em/me, sol/los, las/sal, par/pra.
- Adições ou omissões de sons: casa Lê casaco, prato lê pato.
- Ao ler pula linha ou volta para a anterior.
- Soletração defeituosa: lê palavra por palavra, sílaba por sílaba, ou reconhece letras isoladamente sem poder ler.
- Leitura lenta para a idade.
- Ao ler, movem os lábios murmurando.
- Freqüentemente não conseguem orientar-se no espaço sendo incapazes de distinguir direita de esquerda. Isso traz dificuldades para se orientarem com mapas, globos e o próprio ambiente.
- Usa dedos para contar.
- Possui dificuldades em lembrar se seqüências: letras do alfabeto, dias da semana, meses do ano, lê as horas.
- Não consegue lembrar-se de fatos passados como horários, datas, diário escolar.
- Alguns possuem dificuldades de lembrar objetos, nomes, sons, palavras ou mesmo letras.
- Muitos conseguem copiar, mas na escrita espontânea como ditado e ou redações mostra severas complicações.
- Afeta mais meninos que meninas.
 
 
O dislexo geralmente demonstra insegurança e baixa auto-estima, sentindo-se triste e culpado. Muitos se recusam a realizar atividades com medo de mostrar os erros e repetir o fracasso. Com isto criam um vínculo negativo com a aprendizagem, podendo apresentar atitude agressiva com professores e colegas.
 
     Antes de atribuir a dificuldade de leitura à dislexia alguns fatores deverão ser descartados, tais como:
 
- imaturidade para aprendizagem;
- problemas emocionais;
- métodos defeituosos de aprendizagem;
- ausência de cultura;
- incapacidade geral para aprender.
 
Tratamento e orientações:
 
- O tratamento deve ser realizado por um especialista ou alguém que tenha noções de ajuda ao dislexo. Deve ser individual e freqüente.
Durante o tratamento deve-se usar material estimulante e interessante. - Ao usar jogos e brinquedos empregar preferencialmente os que contenham letras e palavras.
- Reforçar a aprendizagem visual com o uso de letras em alto relevo, com diferentes texturas e cores. É interessante que ele percorra o contorno das letras com os dedos para que aprenda a diferenciar a forma da letra.
- Deve-se iniciar por leituras muito simples com livros atrativos, aumentando gradativamente conforme seu ritmo.
- Não exigir que faça avaliação de outra língua. Deve-se dar mais importância na superação de sua dificuldade do que na aprendizagem de outra língua.
- O tratamento psicológico não é recomendado a não ser nos casos de graves complicações emocionais.
- Substituir o ensino através do método global (já que não consegue perceber o todo), por um sistema mais fonético.
- Não estimule a competição com colegas nem exija que ele responda no mesmo tempo que os demais.
- Oriente o aluno para que escreva em linhas alternadas, para que tanto ele quanto o professor possa entender o que escreveu e poder corrigi-los.
- Quando a criança não estiver disposta a fazer a lição em um dia ou outro não a force. Procure outras alternativas mais atrativas para que ele se sinta estimulado.
- Nunca critique negativamente seus erros. Procure mostrar onde errou, porque errou e como evitá-los. Mas atenção: não exagere nas inúmeras correções, isso pode desmotivá-lo. Procure mostrar os erros mais relevantes.
- Peça que os pais releiam o diário de classe sem criticá-los por não conseguir fazê-lo, pois a criança pode esquecer o que foi pedido e/ou não conseguir ler as instruções.
 
Bibliografia:
 
CONDEMARÍN, Mabel, BLOMQUIST, Marlys. (1989). Dislexia; manual de leitura corretiva. 3ª ed. Tradução de Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artes Médicas.
ELLIS, Andrew W. (1995). Leitura, escrita e dislexia: uma análise cognitiva. 2 ed. Tradução de Dayse Batista. Porto Alegre: Artes Médicas.
   JOSÉ, Elisabete da Assunção José & COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. 12ª    edição, São Paulo: Ática.