quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Encontro em Porto Alegre pelo Dia do Psicopedagogo

Colegas!
A ABPpRS está promovendo um bate-papo sobre a regulamentação da prática psicopedagógica.
Reserve essa data!!!
Participe!!!



12 de Novembro: DIA DO PSICOPEDAGOGO

Estamos nos aproximando do Dia do Psicopedagogo.

Dia que será comemorado com destaque em 2013, pois estamos nos aproximando da regulamentação de nossa prática psicopedagógica.

Nunca nos últimos anos avançamos tanto, de maneira tão significativa e fortalecida como neste último.

Uma prática que confere ao ser humano a aprendizagem e o vê como um ser aprendente.

Mesmo em tempos pouco ensinantes, encontramos na psicopedagogia a possibilidade de resgatar modalidades de aprendizagens adormecidas...

Avante colegas!!!

Vamos fazer PSICOPEDAGOGIA, 
Movimentando
Ressignificando
Possibilitando
Desejando
Alegrando
Edificando!!!

Feliz dia TODOS os Dias!!!!



domingo, 27 de outubro de 2013

“Para dedicar tempo aos filhos, é preciso deixar outras coisas de lado”

02/08/2012 | 14:00 | ISABEL CLEMENTEFAMÍLIA 


O escritor Sergio Sinay, 66 anos, é um especialista em vínculos humanos. Sociólogo e jornalista, formou-se na Escola de Psicologia da Associação Gestáltica de Buenos Aires. Requisitado consultor sobre assuntos familiares e relações pessoais, tem vários livros publicados. O mais novo,Sociedade dos Filhos Órfãos, que acaba de sair em português (Editora BestSeller), é uma dura crítica ao modo de vida da atualidade, em que pais delegam a educação e a atenção aos filhos para babás, escolas e até para as novas tecnologias – como celular, televisão e computadores. Esse comportamento transmite aos filhos a noção errada de que basta ter dinheiro para encontrar quem se encarregue daquilo que nos cabe fazer, afirma Sinay, em seu livro.
Casado e pai de um jovem, Sinay diz que o amor é uma construção contínua que se fortalece diariamente com responsabilidade e comprometimento. “Para dedicar tempo aos filhos, é preciso deixar outras coisas de lado”. A seguir trechos da entrevista concedida ao Mulher7x7.
Mulher7x7- Há uma geração de filhos sem pais presentes nascendo ou ela sempre existiu?
SERGIO SINAY – Sempre houve pais que não assumem responsabilidades e sempre haverá. Mas nunca houve como hoje um fenômeno social tão amplo e profundo a ponto de criar uma geração de filhos órfãos de pais vivos. Pela primeira vez podemos dizer, infelizmente, que os filhos com pais presentes que cumprem suas funções são uma minoria.
Até que ponto a relação dos pais com os filhos reproduz um estilo de vida da atualidade?
Vivemos numa cultura do utilitarismo, em que se busca o material a qualquer preço e por qualquer caminho. As pessoas se medem pelo que possuem e não pelo que são. Os pais correm atrás do material e descuidam de seus filhos que, por sua vez, aprendem a valorizar apenas o bem material. Essa é a fórmula para criar filhos materialistas.
Em vários trechos do livro, o senhor diz estar convencido de que muita gente ficará irritada com o que está escrito. Por quê?
Porque muita gente não gosta de escutar ou ler o que precisa, apenas o que gosta. Os pais de filhos órfãos, em sua maioria, não admitem sua própria conduta e acreditam que ser pai e mãe consiste em comprar coisas para os filhos, matriculá-los em escolas caras, dar celulares e computadores modernos.
O senhor relaciona o fracasso dos pais na educação dos filhos ao medo que eles têm da reprovação infantil. De onde vem esse medo e como fugir dessa armadilha?
O medo vem de uma cultura que transformou as relações humanas em transações comerciais. As pessoas se  enxergam como recursos ou clientes. Os pais tratam de comprar o amor dos filhos e temem que o cliente não esteja contente. O carinho dos filhos não se compra. Amor se constrói com presença, atitudes e assumindo a responsabilidade de liderar o caminho dessa vida em direção à autonomia. Para isso, há que se estabelecer limites, marcar as fronteiras, frustrar. Criar e educar é também frustrar, ensinar que nem tudo é possível. Só assim se ensina a escolher. E só quem escolhe pode ser livre. Os pais, no entanto, têm medo de não ser simpáticos, então se esquecem de ser pais, que é o que os filhos precisam.
Ao se referir ao modelo do passado, em que as mães eram o retrato do sacrifício, e os pais, da disciplina ainda que com distância emocional, o senhor diz que todos sabiam seu papel, algo não acontece hoje. Aquele modo de educar era de alguma forma melhor?
Aquele modo de educar tinha muitas limitações e era muito rígido em muitos aspectos. Mas se sabia claramente quem eram os pais e quem eram os filhos. Os pais não tinham medo de atuar como pais, ainda que às vezes cometessem excessos em sua autoridade. Mas é sempre mais fácil corrigir um excesso do que superar uma ausência. Alguém pode mudar um modelo pobre ou insuficiente. Muito mais grave é não ter modelo.
Ao abordar o problema de jovens envolvidos com drogas e violência, o senhor diz que a solução é os pais terem mais controle sobre o que eles fazem e onde vão. Como não resvalar para a superproteção?
A infância e a adolescência são etapas muito breves da vida e necessárias para o amadurecimento biológico, psíquico e cognitivo. Seremos adultos a maior parte da nossa vida. A adolescência termina entre os 18 e os 19 anos. Quando os pais são ausentes ou não cumpriram suas funções, vemos adolescentes imaturos de 30 ou 40 anos. Se os pais pegam no leme do barco, e realizam esse trabalho com amor, ao fim da adolescência, seus filhos serão pessoas com ferramentas para caminhar pela vida. Terão muito por aprender ainda, mas terão boas bases e um bom sistema imunológico contra os principais perigos sociais. Os limites do controle vão mudando com a idade dos filhos e vão se flexibilizando até desaparecer por completo. Para saber quando e como modificá-los, há que estar presente.
Ao propor que os pais busquem interagir com outros pais para a realização de programas em comum e conversas que afinem experiências e atitudes, o senhor está sugerindo que educar é, de alguma forma, uma obra coletiva?
Educar é uma missão intransferível de quem, biologicamente ou por adoção, criou um vínculo de maternidade e paternidade. A responsabilidade é sempre individual. Conversar com outros pais e empreender projetos comuns, ajuda a afirmar a tarefa e permite a troca de experiências úteis.
Nas grandes cidades, em que muitos pais sequer comparecem às reuniões na escola, não é uma utopia propor essa interação entre os pais?
Sem utopias, não se avança. E se cruzarmos os braços, perdemos a batalha. Muitos casais responsáveis e amorosos se sentem sozinhos, não concordam com o que vêem outros pais fazendo e seguem adiante com suas convicções. Por isso, há que falar e propôr interação, dizer a eles “vocês estão num bom caminho”, compartilhem isso. Quando esses pais começarem a falar descobrirão que muita gente pensa assim também, mas estava em silêncio.
É o caso de uma família evitar certos círculos de pessoas e lugares, e até cidades, se achar que a vida do filho está indo pelo caminho errado?
Não se pode ter medo de tomar decisões, dizer não, proibir certas relações perigosas. Os filhos vão protestar, tentarão transgredir. Isso não é um problema, é parte do processo. Os filhos sempre buscarão transgredir para crescer. O problema é quando os pais viram o rosto, olham para o outro lado, não estabelecem limites ou têm medo dos filhos. Ser pai com amor e presença não significa converter-se em uma pessoa simpática, em um animador de televisão. Às vezes, há que se tomar medidas duras.
O senhor diz que muitos pais usam a suposta importância da qualidade do tempo ao lado do filho para justificar a ausência. O que é qualidade de tempo com o filho, na sua opinião?
Não há qualidade sem quantidade. Em qualquer tarefa para alcançar qualidade é preciso tempo, compromisso, dedicação. O famoso “tempo de qualidade” de que falam muitos pais – e que inclusive tem o apoio de pediatras e psicólogos infantis – é uma desculpa para que os pais não se sintam culpados. Os pais são adultos e um adulto sabe que na vida não se pode tudo. Há que optar. Para dedicar tempo aos filhos, é preciso deixar outras coisas de lado. O “tempo de qualidade” são cinco minutos nos quais os pais culpados dão tudo aos filhos para evitar o conflito. Isso faz muito mal aos filhos. Se não há tempo, não há qualidade. E se não há tempo para os filhos, é preciso pensar antes de se tornar pais. Depois é tarde.
Mas muitos pais não escolhem seus horários, o tempo que perdem no trânsito e, por falta de opção, ficam menos com os filhos do que gostariam. O senhor não acha que os filhos aprendem a diferenciar os pais que nunca estão porque não querem dos pais que não estão porque não podem?
A responsabilidade de ser pais nos obriga a fazer escolhas. É verdade que os pais são demandados por muitas atividades. Mas eu pergunto “são todas obrigatórias?”. Muitas vezes, trabalha-se demais para pagar o que não é necessário. Ser pai e mãe é uma oportunidade para aprender a diferenciar os desejos das necessidades. É uma oportunidade para aprender a diferenciar o que a publicidade vende do que realmente precisamos. Tudo que requer nosso tempo é imprescindível? Podemos trabalhar menos enquanto criamos os filhos pequenos? É possível dividir melhor o tempo entre pais e mães? Por que tem que ser sempre a mãe a que duplica suas tarefas? Por que podemos dizer “não” ao tempo que nossos filhos exigem de nós em vez de dizer “não” aos outros? Se os pais têm sempre tempo para suas obrigações e nunca para seus filhos, os filhos aprendem que essas outras coisas (trabalho, reuniões, encontros sociais, esportes etc) são mais importantes do que eles porque nunca podem ser adiados. Não é obrigação dos filhos compreender os pais (ainda mais quando são pequenos). É obrigação dos pais atender às necessidades dos filhos.Por isso é preciso pensar antes de ser tornar pai e mãe.
O senhor critica também a estratégia de entreter as crianças com DVDs em viagens para elas ficarem quietas. Vemos esse comportamento da não-interação se estendendo à mesa de restaurantes, festas. Onde está o erro dessa atitude?
Ser pai e mãe é um trabalho. Não se pode delegar esse trabalho às novas tecnologias. Essas tecnologias muitas vezes nos conectam mas nos tornam incomunicáveis. Isso se vê especialmente nas famílias, onde todos têm celulares e computadores, mas não mantêm diálogos nem proximidade.
O senhor diz que escola não educa, ensina. O que não se deve esperar da escola?
Educar é transmitir valores por atitudes, vivendo os valores que pregamos. Educar é ensinar que as pessoas são o fim, e não o meio, algo que se passa por vínculos. Educar é transmitir a certeza de que cada vida tem um sentido e há que viver a busca desse sentido. Isso é educar, é o que fazem os pais com presença, ações e condutas. A escola é a grande socializadora que ensina a viver a diversidade e a respeitá-la, que treina habilidades para viver e atuar no mundo, que dá informação vital sobre esse mundo e que é uma ponte para ele. A escola e os pais são sócios, não podem se separar, nem se enfrentar. Tem que atuar de um modo cooperativo. Os filhos são alunos da escola, não clientes. A escola não é um parque de diversões, nem creche, nem shopping. A escola não pode fazer a vez do pai e da mãe. Os pais não podem pedir à escola que ocupe o lugar que eles deixam vago. Pais que não respeitam as escolas ensinam seus filhos a não respeitar as instituições.
Que mensagem o senhor daria para os pais que, sem perceber, estão deixando os filhos de lado acreditando estarem fazendo a coisa certa?
Eu os recordaria que ser pai e mãe foi uma escolha. Em pleno século 21, quem não quer ter filhos não tem, de modo que não há desculpas. Quem tem filhos tem responsabilidades sobre uma vida. Essa vida precisa de respostas. E diria que só há uma maneira de aprender a ser pai e mãe: convivendo com os filhos, estando presentes em suas vidas, errar, pedir desculpas, reparar o erro e seguir adiante, sempre com responsabilidade e presença.
Em seu livro, o senhor deixa claro que educar é um processo contínuo que exige envolvimento e dá trabalho, mas é fato que muita gente opta por soluções fáceis. Que soluções fáceis devem ser postas de lado?
Filhos não vêm com manual de instruções. Cada filho é uma pessoa única. Por isso não há soluções fáceis nem receitas. Nossos filhos nos ensinam a ser pais. Querer que um pediatra, um professor, um psicólogo, a televisão, a internet, uma babá, os avós ou a escola se encarregue dos filhos é buscar uma solução fácil. Pais que procuram esse tipo de solução provam que o problema são eles, e não os filhos. Os filhos nunca são o problema. O grande e maior problema (vício em drogas, alcoolismo, violência juvenil, acidentes de carro, comportamento de risco, doenças novas como obesidade infantil ou déficit de atenção, entre outros) não está nos filhos, nas crianças ou nos adolescentes. Estão nos pais.
É possível impor limites sem ser chato?
Aquele que impõe limites não recebe sorrisos nem aplausos, mas assume responsabilidades e logo colherá frutos.
O senhor afirma que o amor é uma construção. O senhor acredita em amor incondicional?
Como bem dizia Alice Miller, uma extraordinária psicóloga suíça que morreu no ano passado, aos 83 anos, e era uma grande defensora dos filhos, o único amor incondicional que existe é dos filhos para os pais. As crianças precisam muito mais dos pais: para crescer, ser guiadas, ter proteção, ser alimentadas, receber valores e, sobretudo, ser amadas. Os filhos não precisam provar seu amor aos pais, mas se os pais amam seus filhos devem dar a eles provas desse amor, acompanhando seu crescimento, transmitindo-lhes valores, colocando limites, frustrando quando necessário, oferecendo um modelo de vida que faça sentido. Sem isso, o amor será apenas palavras.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Entrevista: Alicia Fernández


A especialista argentina completa 40 anos de psicopedagogia e analisa importantes questões que envolvem as dificuldades de aprendizagem.

Por Luiza Oliva

A psicopedagoga argentina Alicia Fernández foi uma das precursoras da psicopedagogia no Brasil e é responsável pela formação de parte dos profissionais da área em nosso país. É autora de Os idiomas do Aprendente, O Saber em jogo, A Inteligência Aprisionada e A Mulher escondida na professora (todos pela Artmed) e de Psicopedagogia em Psicodrama – morando no Brincar (Editora Vozes). A especialista estará no Simpósio Internacional de Psicopedagogia - Instrumentos diagnósticos e intervenção: novas práticas psicopedagógicas, realizado pela ABPp, dias 5 e 6 de setembro em São Paulo, ministrando o curso Autorias Vocacionais. De Buenos Aires, onde é diretora da Escola Psicopedagógica de Buenos Aires, Alicia concedeu esta entrevista à Direcional Educador, onde analisa questões que envolvem os problemas de aprendizagem.

DIRECIONAL EDUCADOR - Como a senhora pode definir as dificuldades/problemas de aprendizagem?
ALICIA FERNÁNDEZ - Antes de falarmos de dificuldades ou problemas, devemos falar de capacidades e possibilidades. Somente assim poderemos realizar duas tarefas: primeiro, tratar dos problemas e segundo, o que é mais importante, evitar que apareçam. A aprendizagem não é um meio para se obter outra coisa. É um fim em si mesmo. Nós humanos nascemos carentes. Somos os mais indefesos da espécie animal. O filhote humano se faz humano graças à aprendizagem. Esta “fraqueza” instintiva orgânica é seu grande potencial. Porque, como todo bebê nasce imaturo biologicamente, sem os mínimos recursos próprios para sobreviver, precisa de outro humano que o ensine, que o reconheça como semelhante, que queira e que acredite que pode aprender. Todo aprender é problemático, porque inclui, no mínimo, três sujeitos: “o aprendente”, “o ensinante” e o sujeito social (a sociedade na qual está inserido). Não é o organismo que aprende, ainda atividades quase biológicas como o caminhar, o controle dos esfíncteres, o comer sozinho; para serem adquiridas não requerem apenas um organismo sadio, e sim, principalmente, uma aprendizagem. Aprendizagem que ocorrerá de acordo com o ambiente, mais ou menos favorável no qual a criança se desenvolve. Quer dizer, se falamos de dificuldades de aprendizagem, falamos de dificuldades no ou para o meio familiar, e ou educativo/ ensinante.

Como o meio interfere nos problemas de aprendizagem?
A palavra interferir é diferente de intervir. O meio sempre intervém, e às vezes pode interferir. Que quero dizer com isto? Inter-vir (vir “entre”). Inter-ferir (ferir “entre”). Maravilha dos nossos idiomas. Nossa tarefa consiste em “intervir” e conseguir que o meio não “interfira”, negativamente. Como estávamos dizendo, não se pode esquecer do diagnóstico do “meio”, do ambiente, quando realizamos um diagnóstico psicopedagógico. A partir desta idéia central, eu escrevi meus dois primeiros livros: A inteligência aprisionada, nele trago fundamentos de como a família pode ser possibilitadora ou produtora de problemas de aprendizagem dos filhos, e deste modo, estruturo um modelo de diagnóstico interdisciplinar familiar, que venho utilizando em diversos países. E no meu segundo livro traduzido em português, A mulher escondida na professora, explico e fundamento o lugar e a importância dos professores, tanto como agentes de saúde na aprendizagem, como às vezes (ainda que sem propor a sê-lo) como desencadeadores de problemas de aprendizagem. A escola, e todos os seus atores, têm um papel subjetivante em relação aos alunos. Nós, humanos, aprendemos a partir de identificações com nossos ensinantes, e somente em um ambiente familiar, e depois, no escolar e social, que nos aceite como seres pensantes. Quero dizer, que permita e favoreça nossas perguntas, dê lugar à diferença, em síntese, que favoreça a autoria de pensamento. A inteligência se constrói, a atividade de pensamento se constrói, como também a atenção e a capacidade de se prestar atenção.

Como a senhora entende a abordagem organicista a respeito das dificuldades de aprendizagem?
As tendências à patologização dos avatares da aprendizagem se acrescentam, promovidas pela indústria farmacêutica e pela difusão das notícias pela mídia. Sem dúvida, tal discussão não teria o êxito alarmante que está tendo, se não se sustentasse nas formas de subjetivação impostas pela sociedade do mercado globalizado. Preocupa-nos a inquietante proliferação de posturas que não só psicopatologizam e medicalizam os mal estares psíquico-sociais, como também consideram suspeita e até perigosa a própria atividade da alegria e o brincar, desvitalizando a autoria de pensamento. Quanto se trata de crianças e da aprendizagem, tal tendência encontra fáceis adeptos e propulsores em professores e pais aprisionados pelas lógicas da competitividade, pela eficiência (que mata a eficácia) e pelo cumprimento imediato para se chegar a um fim exitoso, sem considerar os meios para se alcançá-lo. A aprendizagem perde assim seu caráter subjetivante – fim em si mesmo - para transformar-se em um triste meio para obter um resultado exigido pelo outro. A atividade de pensar é fascinante. Como se produz a maravilhosa e transformadora atividade de pensamento? A “fábrica” de pensamentos não se situa nem dentro, nem fora da pessoa, está localizada entre. “Entre”, em psicopedagogia, não é uma palavra a mais, é um conceito. A atividade do pensar nasce na intersubjetividade promovida pelo desejo de se fazer próprio que nos é desconhecido, mas também nutrida pela necessidade de entendermos e que nos entendam. O pensar, ademais, se alimenta do desejo de que este outro nos aceite como seu semelhante. Desejos, aparentemente contraditórios, mas que juntos vão armando a trama do nosso existir em sociedade. Entendendo assim a atividade do pensar, poderemos encontrar outros caminhos para a construção de regras. A função do pensamento em seu sentido mais radical tem a ver com superar a racionalidade pragmática. A sustentação do pensar se dá naquilo que se quer alcançar e não no que está dado. Definimos a inteligência como a capacidade de desadaptar-se criativamente. Quando o modo de pensar perde a provisioriedade necessária a todo o pensar, as observações descritivas e particulares são utilizadas como se fossem explicações gerais. O devastador de tal modo de pensar abrange não somente os sujeitos observados, e assim transformados em “objetos”, como também a quem pretendemos “diagnosticar”. As perturbações na aprendizagem expressam uma mensagem que é sempre singular. O “rótulo” esconde a mensagem que está entrelaçada no drama singular de cada criança ou jovem. A abordagem clínica consiste na exploração desta dramática.

Pode explicar o conceito de aprisionamento da inteligência?
A inteligência se constrói. Não nascemos inteligentes, nascemos com a possibilidade de sermos inteligentes, quer dizer, de podermos eleger nosso destino. A maioria das crianças diagnosticadas como deficientes mentais, não o são. Sua inteligência encontra-se aprisionada. Quando, 20 anos atrás, publiquei o livro A inteligência aprisionada, a indústria farmacêutica não havia penetrado nas escolas do modo que ocorre hoje, e os efeitos devastadores do neoliberalismo não colonizavam as mentes de tantos profissionais como na atualidade, portanto não considerava urgente denunciar a medicalização das crianças. Ademais, o pretendido caráter orgânico e hereditário da inteligência já estava suficientemente questionado pela epistemologia genética, pela psicanálise, pela sociologia da educação e pela psicopedagogia. Apoiando-me nestes saberes, que contextualizam a inteligência humana em um sujeito inserido em um meio familiar e social, pude explicar os possíveis e diferentes aprisionamentos de que padece a mesma. A partir destes aportes teóricos e clínicos consegui propor outros modos de “diagnosticar” a capacidade intelectual frente a aqueles que pretendiam fazê-lo através de “cocientes intelectuais” (CI) e percentuais. Em síntese, sobre a atividade intelectual estavam então (e estão agora) suficientemente estudadas uma série de questões: que a inteligência se constrói; que tal construção nasce e cresce na intersubjetividade - pelo que não pode explicar-se do ponto de vista neurológico - e que os meios ensinantes (familiares, educativos e sociais) participam favorecendo ou perturbando a capacidade de pensar. Quer dizer, para questionarmos os modos instituídos de pensar a inteligência, contávamos então com teorias que desde o século XX vinham rebatendo as idéias de épocas anteriores que a consideravam uma função orgânica. A situação varia quando se trata de pensar a atividade atencional. Os diagnósticos de “déficit de atenção” se realizam sobre supostos (não explícitos) que desconhecem os avanços produzidos no século XX em relação aos estudos da subjetividade humana e da inteligência. Assim, atualmente se definem tipos de atenção de modo semelhante ao determinado pela psicologia experimental do século XIX. Necessitamos analisar a atenção aprisionada, para diferenciá-la da desatenção reativa (e a ambas dos poucos casos de dano neurológico que comprometem a atenção). Hoje é urgente trabalhar e estudar a capacidade atencional como aquilo que é: uma capacidade. Partindo desta postura, a psicopedagogia pode fazer importantes aportes.

Há quantos anos trabalha com a psicopedagogia? Pode fazer um breve histórico de como iniciou na área? E como vê a evolução da psicopedagogia nesse período? 
Neste ano completam-se 40 anos que desenvolvo a maravilhosa atividade da psicopedagogia. Fazer psicopedagogia é uma atividade que não somente nos permite, como também exige fazermos por nós mesmos, o que podemos fazer pelos outros. A exigência de fazer por nós mesmos se refere a ir re-significando nossas próprias modalidades de aprendizagem/ensinagem, e ir nutrindo as fontes propiciadoras de nossa própria autoria de pensamento. Uma destas fontes é a “alegria” que vem de mãos dadas com a capacidade de surpreender-se. Você me pergunta como iniciei minha carreira. Na Argentina, a psicopedagogia é uma formação que ocorre na graduação. Eu comecei trabalhando como orientadora educacional em escolas de regiões carentes, as quais me serviram como uma grande aprendizagem, já que ao mesmo tempo em que estudava na faculdade, podia receber as perguntas que aquela realidade educativa colocava a professores e alunos.

Como vê o futuro da psicopedagogia? Há exageros na questão do encaminhamento psicopedagógico? 
Um dos aspectos da subjetividade – mais atacado pela sociedade neoliberal – é a possibilidade de pensar. Este ataque é lento, persistente e perigoso. Vai se dando imperceptivelmente. Jovens e adultos o sofremos. Na escola se evidenciam os efeitos de tal bombardeio. Nos alunos se manifesta como um aborrecimento-tédio e pode expressar-se como “desatenção”. Nos docentes pode aparecer como desânimo e “queixa-lamento”. Portanto o futuro da psicopedagogia depende da postura que cada psicopedagogo pode ir construindo, quer dizer, priorizando a saúde da aprendizagem tanto nas escolas, nas famílias e nos meios de comunicação. Esta é a tarefa principal. Encaminhar uma criança ou jovem a um tratamento é só uma última instância. A psicopedagogia tem muito que contribuir se conseguir ser fiel à proposta psicopedagógica da saúde. Em síntese, frente à nossa inteligência aprisionada, a tarefa a de cada um de nós, como ensinantes e aprendentes, passa por: o autorizar-se a pensar; o permitir-se perguntar, o perguntar, o deixar espaço à imaginação e ao prazer de aprender; e, em conseqüência, ao prazer de ensinar.
 
 
Matéria publicada na Revista Direcional Educador - edição 43 de agosto/2008

sexta-feira, 8 de março de 2013

AGENDA ABRIL/ Espaço de Pensamento - Núcleo Interdisciplinar

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Inscrições podem ser feitas por telefone e também pelo e-mail:
espacodepensamento@gmail.com
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POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL IGNORAM CRIANÇAS COM TDAH E COM TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM


Políticas públicas educacionais no Brasil ignoram crianças com transtornos do déficit de atenção e com transtornos de aprendizagem

Profa. Dra. Ana Luiza Navas
Professora Adjunta, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de SP
Membro Conselho Científico da Associação Brasileira do Déficit de Atenção

Os recentes resultados de estudantes do Brasil nas avaliações do desempenho em Português e Matemática causam sérias preocupações de especialistas de diversas áreas. Essa defasagem entre o desempenho esperado para a idade e escolaridade, e o desempenho observado tem origem em questões pedagógicas, socioculturais, ambientais entre outras. Considerar todos estes fatores, é sem dúvida, necessário para que ocorra uma mudança significativa neste quadro da Educação brasileira. Investir na formação de professores, melhorar as condições de trabalho e de remuneração dos educadores, bem como adotar práticas educacionais baseadas em evidências científicas são algumas das prioridades. 
No entanto, ainda há um contingente de crianças e jovens que mesmo se estas condições educacionais fossem ideais, ainda assim, teriam dificuldades para acompanhar o processo de aprendizagem. Esse grupo de crianças corresponde de 4 a 6% da população escolar, meninos e meninas que têm Transtornos do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e/ou Transtornos Específicos de Aprendizagem (TEA). Os sinais destes transtornos são identificados na escola, mas não são restritos ao ambiente escolar. Essas crianças têm dificuldades nas funções cognitivas de atenção e memória, em alguns aspectos do desenvolvimento da linguagem, social e até emocional, e é na escola que estas dificuldades se tornam um problema maior.
A pesquisa científica no mundo inteiro, inclusive no Brasil demonstra sem ambiguidades que quanto mais cedo estes transtornos forem identificados por profissionais da saúde, melhor será o processo educacional, já que o professor que reconhece esta criança poderá usar recursos pedagógicos adequados para garantir o acesso às informações e conteúdo escolar (Elliot et al. 2007).
Desde a Declaração de Salamanca, em 1994, o Brasil tem avançado muito em suas Políticas de Educacionais na perspectiva da educação inclusiva, estabelecendo diretrizes e critérios para o acompanhamento de crianças com necessidades especiais, no ensino regular e complementação no Atendimento Educacional Especializado (Brasil, MEC, Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, 2007). A política atual destaca o apoio aos escolares com deficiências física, auditiva, visual, intelectual, transtorno global do desenvolvimento (distúrbio do espectro do autismo) e altas habilidades/superdotação (Brasil, MEC, CNE, Resolução CNE/CEB 4/2009). No entanto, o grupo de crianças com TDAH e/ou TEA não está contemplado nesta resolução que especifica o público alvo do Atendimento Educacional Especializado. 
No mundo, há legislação específica para apoio educacional e garantia de diagnóstico por equipes multidisciplinares em mais de 150 países. Como exemplo, destaco as legislações no Reino Unido e Estados Unidos da America que enfatizam a importância da identificação precoce destes casos para intervir o mais rapidamente possível (Reino Unido, Special Educational Needs Code of Practice. 2001; Estados Unidos da America, The Individuals with Disabilities Education Act, IDEA, 2004). 
Em 2010, o então Senador Gerson Camata apresentou um projeto de lei que dispõe sobre a necessidade do poder público garantir o diagnóstico e o apoio educacional das crianças e jovens com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Dislexia, um dos Transtornos Específicos de Aprendizagem. O projeto visa corrigir esta lacuna no Brasil, já que a ausência de reconhecimento da dislexia e do TDAH nas políticas educacionais, dificulta que uma família consiga apoio na escola, e que tenha acesso aos recursos didáticos adequados para melhorar a vida escolar de seu filho. A falta de diretrizes explícitas também faz com que muitos professores rotulem crianças sem o devido encaminhamento aos profissionais de saúde que devem fazer o diagnóstico correto. Há ainda aqueles professores que encaminham estas crianças para as salas do AEE, o que não está previsto pela resolução do Conselho Nacional de Educação. 
Essas são as razões para que parte essencial deste projeto em relação à Educação seja a proposta de que os sistemas de ensino devem garantir a formação aos educadores. Professores da educação básica deverão ter amplo acesso à informação, tanto para que possam identificar precocemente os sinais indicativos da presença de transtornos de aprendizagem ou do TDAH, bem como para que possam desenvolver estratégias para o apoio educacional escolar desses educandos. Vale ressaltar que alguns profissionais devem auxiliar os professores no estabelecimento de projetos para o acompanhamento para estas crianças, como o psicólogo e/ou o fonoaudiólogo educacional.
Já em relação á área da Saúde, o projeto de lei recomenda um programa de formação continuada para melhorar a qualidade de precisão dos diagnósticos realizados nos equipamentos de saúde e garantir o acesso ao atendimento especializado por equipe multidisciplinar. Destacam-se nesta equipe os neuropsicólogos e fonoaudiólogos clínicos.
O projeto já tramitou no Senado e foi aprovado em todas as comissões em que passou (Seguridade Social e Família; Educação e Cultura; Finanças e Tributação; e Constituição, Justiça e Cidadania). No momento (dezembro 2012), o PL encontra-se na Câmara dos Deputados e já foi aprovado na  Comissão de Seguridade Social e Família. Na Comissão de Educação, o projeto de Lei 7081/2010, teve como relatora a Dep. Mara Gabrilli, e recebeu voto favorável, com apresentação de um novo substitutivo que especifica melhor as atribuições de cada setor, Educação e Saúde, para lograr o acompanhamento integral destas crianças e jovens. Ainda faltam duas comissões para a aprovação final, a Comissão de Finanças e Tributação e Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Projeto de Lei 7081/2010 clama pelo estabelecimento de políticas públicas que reconheçam as crianças com TDAH e transtornos de aprendizagem como população que precisa de apoio pedagógico em sala de aula. Caso seja aprovado caberá ao Poder executivo regulamentar esta lei, estabelecendo as suas diretrizes e inserindo estas ações em programas intersetoriais de Saúde e Educação. 
Com esta aprovação, o Brasil estaria corrigindo um equívoco e com isso melhorando as condições de sucesso de aprendizagem para este grupo de crianças que estão à margem deste processo. Infelizmente, ainda não é o bastante para sanar todas as dificuldades que o sistema educacional enfrenta, mas sem dúvida já representará um grande avanço e pelo menos esta parcela da população escolar terá condições mais justas de conseguir o sucesso no processo de aprendizagem. 

Bibliografia
  • Brasil. Ministério da Educação. Parecer CNE/CEB nº 13/2009, aprovado em 3 de junho de 2009 - Diretrizes Operacionais para o atendimento educacional especializado na  Educação Básica, modalidade Educação Especial. Disponível aqui.
  • Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial nº 555, de 5 de junho de 2007, prorrogada pela Portaria nº 948, de 09 de outubro de 2007.
  • Elliott, S., Nan, H., Andrew, T.R. Universal and early screening for educational difficulties: Current and future approaches. Journal of School Psychology, v.45, n.2, p.137-161, 2007.
  • United Kingdom, Department of Education and Skills. Special Educational Needs Code of Practice. 2001. Disponível aqui
  • United States of America, Education Department. The Individuals with Disabilities Education Act (IDEA). 2004. Disponível aqui

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entendendo os alunos com necessidades educacionais especiais"???



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quinta-feira, 7 de março de 2013

PALESTRA COM ALICIA FERNANDEZ - ABPpRS


PALESTRA COM
ALICIA FERNANDEZ

Tema: ATENÇÃO E APRENDIZAGEM

Data: 13 DE MARÇO

Horário: 19 horas

LOCAL: AUDITÓRIO DA SMED- PORTO ALEGRE
Andradas 680 – ao lado da casa de Cultura Mario Quintana

Investimento:
R$ 30,00 – para Associados da ABPp
R$ 90,00 - para NÃO associados

Inscrição/ informação: a partir de 14 de fevereiro com Juliane
Secretaria ABPp-RS (51) 3333 3690

Atestado de participação: será disponibilizado 30 dias após a palestra.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

ESPAÇO DE PENSAMENTO - NÚCLEO INTERDISCIPLINAR

NOVO ESPAÇO DE TRABALHO EM PORTO ALEGRE COM UMA MARAVILHOSA EQUIPE!!!

ACESSA AÍ...

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Escrita Para Todos : a aplicação da neurociência na docência e na aprendizagem


Elvira Souza Lima - Escrita Para Todos : a aplicação da neurociência na docência e na aprendizagem (PDF)




                                          copyright (c) Elvira Souza Lima, 2013

                               clique aqui para ler ou baixar


Apresentamos aqui o primeiro número dos Cadernos do CEPAOS com um texto da Dra. Elvira Souza Lima sobre as bases teóricas e pedagógicas do Projeto Escrita Para Todos (c). Texto disponível no site da Editora Inter Alia

        

 "A escrita é o objeto de nosso projeto Escrita para Todos, aplicado em escolas e em redes de ensino, como Juiz de Fora, Guarani e Ubá, em Minas Gerais. Ele é também utilizado com sucesso em situações de defasagem de aprendizagem, como  no ensino médio em Bezerros, Pernambuco e para correção de fluxo em Pedro Leopoldo, com patrocínio do Instituto Camargo Correa.
A escrita é um sistema simbólico cujo domínio é essencial, pois por ela se dá o registro e a comunicação do conhecimento de cada área do saber. 
Aprender significa criar memórias de longa duração (Kandel, 2006 ).

A neurociência estabelece como um dos eixos fundamentais da escolarização a formação e compartilhamento de memórias. Ela desloca uma visão centrada no professor ou no aluno para propor uma visão que integra os acervos que o educador possui em sua memória aos processos de memória que o aluno necessitará realizar e entender para que aprenda.
O currículo assume, nesta perspectiva, uma dimensão formadora (Lima, 2007). Para ser desenvolvido em sala de aula,  ele depende dos acervos de memória de cada professor.  Não são apenas os projetos político pedagógicos, o material didático adotado ou a tecnologia que, por si mesmos, definirão a qualidade da educação formal. A pessoa de cada professor com seus acervos de memória, constitui o ponto de partida para a proposição da didática que levará o aluno ao conhecimento.
Assim, neurociência na sala de aula implica em integração dos conhecimentos formais e métodos, traduzindo-se em uma concepção pedagógica de docência que inclui em suas linhas orientadoras como o cérebro aprende e como o cérebro pode e deve se organizar para ensinar."

Elvira Souza Lima -Escrita Para Todos: a aplicação da neurociência para a docência e aprendizagem 
texto completo (PDF) aqui

copyright (c) Elvira Souza Lima, 2013


A série Cadernos do CEPAOS é publicada em parceria com a Editora Inter Alia
Acesse o site da Editora Inter Alia para conhecer as publicações de
 Elvira Souza Lima

Fonte:http://elvirasouzalima.blogspot.com.br/2013/01/elvira-souza-lima-escrita-para-todos.html

3 (três) Cursos breves a distancia em um dialogo direto com os participantes.
E.Psi.B.A. tem a honra de convidar todos os graduados ou estudantes dos cursos de Psicopedagogia, Psicologia, Pedagogia e demais profissionais de Saúde e da Educação para os Cursos breves a distancia  a serem desenvolvidos inteiramente através da Internet em Março 2013.
Inscrições abertas.
Vagas limitadas.
E.PSI.B.A.  Espaço Psicopedagogico Brasileiro-Argentino
Formação, investigação e intervenção  em torno da Psicopedagogia clínica.
Interseções entre Psicopedagogia e Psicanálises
______________________________________
Dir.: ALICIA FERNÁNDEZ
PsicopedagogaAutora das seguintes obras: “A inteligência aprisionada”, “A mulher escondida na professora” “O saber em jogo”, “Os idiomas do aprendente”, “Psicopedagogia em Psicodrama” e “A capacidade de atenção”.
CURSOS BREVES A DISTANCIA
Autores e docentes: Psp. ALICIA FERNÁNDEZ e Ps. clínico JORGE GONCALVES DA CRUZ
Cursos inteiramente através da Internet, com materiais em português
Cursos com início em Março 2013 (inscrições abertas):
  1. AUTORIAS VOCACIONAIS.
Inicio: 11/03/2013 Término: 10/05/2013
A orientação vocacional-proffisional, segundo a abordagem da Psicopedagogia clínica.
O trabalho de promoção de autorias vocacionais e profissionais com crianças, adolescentes e adultos.
Novos recursos psicopedagógicos e ferramentas para o trabalho clínico em consultórios, instituições e escolas, nos dias atuais.  
Carga horária:  80 horas (certificado impresso será enviado por correio postal).
  1. CONTRIBUIÇÕES DA PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA ANTE O DIAGNÓSTICO DE TDA/TDAH.
 Inicio: 13/03/2013 Término: 13/05/2013 
A capacidade atencional: uma leitura Psicopedagógica.  
O “diagnóstico” de TDA (Transtorno por déficit de atenção) e TDAH (Transtorno por déficit de Atenção com hiperatividade). 
Os novos modos atencionais nos tempos da Internet e os “vídeo-game”.
“Diagnóstico” nas dificuldades de Atenção.
 Contribuições psicopedagógicas para intervir frente às vicissitudes da “capacidade atencional” com meninos/as, pais e professores. 
Investigação S.P.P.A. “Situação Pessoa Prestando Atenção”.
 Carga horária:  80 horas (certificado impresso será enviado por correio postal).
  1. PUBERDADE E ADOLESCÊNCIA NOS CONTEXTOS ATUAIS. CONTRIBUIÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS .
Inicio: 15/03/2013  Término: 15/05/2013 
 Contextos sociais e adolescência.
Novos modos de “adolescer”-crescer-.
 Idéias nodais da Psicopedagogía.
Como escutar/acompanhar os trajetos da adolescência ante as problemáticas atuais? 
Carga horária:  80 horas (certificado impresso será enviado por correio postal).
Os programas completos dos cursos encontram-se nosso site WWW.epsiba.com
MODALIDADE: inteiramente a Distância
Cada  curso terá a duração de 2 meses, é totalmente à distância e o material didático será enviado eletronicamente por e-mail.Não há encontros presenciais, assim o curso permite que todos estudem em seus dias e horários mais convenientes. A partir da leitura cada participante pode enviar aos professores consultas e comentários dando lugar a um intercâmbio em torno dos materiais.  Questões serão respondidas diretamente pelos professores Alicia Fernández e Jorge Gonçalves da Cruz.  Todos os intercâmbios são re-enviados aos participantes para irem acompanhando as reflexões.
Classe virtualNo  momento em que desejem,  os participantes poderão aceder lá aos materiais do curso, consultar adicionais sobre as temáticas do Curso: artigos, apresentações em formato PowerPoint, mapas conceituais, materiais complementários em formato audiovisual (vídeos, slides, etc.). 
 Não é necessário que os participantes se conectem a Internet em um dia ou horário determinado. O horário de estudos é estabelecido pelo próprio participante, de acordo com sua disponibilidade.
AUTORES DOS MATERIAIS E DOCENTES DOS CURSOS:
Alicia Fernández é Psicopedagoga, com especializações em Psicopedagogia clínica e em Psicodrama.
.Autora das seguintes obras: “A inteligência aprisionada” (ArtMed, 1989), “A mulher escondida na professora” (ArtMed, 1992), “O saber em jogo” (ArtMed, 2000), “Os idiomas do aprendente” (ArtMed, 2000), “Psicopedagogia em Psicodrama” (Vozes, 2000) e “A atenção aprisionada” (Grupo Pensa, 2011) editadas em espanhol e português.
.Título Membro Honorário da ABPp -Associação Nacional de Psicopedagogia do Brasil.
.Docente na Universidad de Buenos Aires (Pós-graduação da Faculdade de Psicologia) e Professora Titular da Universidad del Salvador, Buenos Aires.
.Docente convidada, palestrante e conferencista em numerosas Universidades e Associações da América Latina e Europa.
.Fundadora e diretora de E.Psi.B.A. Espaço Psicopedagógico Brasileiro-Argentino-Uruguaio.
Jorge Gonçalves da Cruz é Psicólogo clínico. Psicodramatista. Psicoterapeuta.
.Docente na Universidad de Buenos Aires (Faculdade de Psicologia).
.Docente convidado, palestrante e conferencista em numerosas Universidades e Associações da América Latina e Europa.
. Autor de diversos artigos sobre psicologia clínica, psicanálises, temas educacionais e psicopedagógicos
.Fundador e co-diretor de E.Psi.B.A. Espaço Psicopedagógico Brasileiro-Argentino-Uruguaio e da Revista E.Psi.B.A.
.Assessor de numerosas instituições educativas.
CERTIFICAÇÃO:  
Um certificado impresso será enviado por correio postal.  Certificados expedidos por EPsiBA. Carga horária: Curso 1: Autorias vocacionais: 80 horas. - Curso 2: TDA/H: 80 horas -Curso 3: ADOLESCENCIA: 80 horas.
PÚBLICO ALVO:
 Estudantes e profissionais da Psicopedagogia, Psicologia, Pedagogia e todos aqueles que desde outras disciplinas se interessem pelas temáticas a abordar.  Professores que se desempenhem no âmbito educativo.
Requisitos necessários: Computador com acesso a internet. É necessário ao inscrito saber navegar pela internet e enviar e-mail. Não trabalhamos com fóruns de discussão e chats.

INVESTIMENTO
Opções de pagamento
Curso 1: Autorias vocacionais
Investimento total de R$ 440,00  (à vista) até 10/03/13.
Ou 2x R$265 primeira parcela até 10/03
 –segunda parcela até 10/04/13.
Ou 3x R$ 190 primeira parcela até 10/03
 –segunda parcela até 10/04– terceira parcela até 10/05/13.
Curso 2: TDA
Investimento total de R$ 420,00 (à vista) até 10/03/13
Ou 2 x R$ 255 primeira parcela até 10/03
–segunda parcela até 10/04/13
Ou 3x R$ 190 primeira parcela até 10/03
 –segunda parcela até 10/04 – terceira parcela até 10/05/13)
Curso 3: Puberdade
Investimento total de R$ 430,00 (à vista) até 10/03/13
Ou 2 x R$ 260 primeira parcela até 10/03
 –segunda parcela até 10/04/13.
Ou 3x R$ 185 primeira parcela até 10/03
 –segunda parcela até 10/04– terceira parcela até 10/05/13)
Obs.: inclui materiais pelo email, intercâmbio, aula virtual, e envio do certificado.
Descontos (não acumulativos)   
-  Associados da ABPp-RJ (seção Rio de Janeiro),  ABPp Seção Brasilia,  ABPp-Es (núcleo Espírito Santo) ABPp- RS (Rio Grande do Sul), ABPp-MG (Minas Gerais):   terão 15% de desconto no plano escolhido.
-  Inscritos em  2 ou 3  cursos: terão 15% de desconto
  - Consulte-nos sobre descontos para grupos acima de 3 pessoas.
Informação e inscrição:
Envie seus dados - nome, formação, endereço e curso/s pretendido/s) para o e-mail epsiba@epsiba.com
A seguir, você receberá informações para o depósito.
E.PSI.B.A.  ESPACIO  PSICOPEDAGÓGICO  BRASILEIRO-ARGENTINO –
Carhué 436 – Ciudad de Buenos Aires – Argentina