sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Um guia completo para as férias de verão

Dicas espertas para seus filhos aproveitarem a pausa com atividades variadas, muito descanso e sem exagerar no uso do videogame e do computador

Férias. Para as crianças, é um dos períodos de descanso do ano. Agora é esquecer um pouco a escola e só pegar em cadernos daqui a um mês. Essa mamata toda, porém, assusta um pouco os pais. O que fazer com os pimpolhos em todo o tempo livre? A preocupação é justificada, mas a boa notícia é que existem, sim, diversas formas interessantes de entreter a garotada e, de bônus, ainda reforçar os laços familiares. Só é preciso um pouco de dedicação, isto é, nada de largar a tarefa para o playground do prédio e os fiéis companheiros eletrônicos - videogame, TV e computador.

"O segredo é não encher a criança de compromissos e, ao mesmo tempo, também não a deixar totalmente desorientada", aconselha a psicopedagoga Tânia Ramos Fortuna. O ideal, portanto, seria programar viagens, passeios culturais, visitas aos amiguinhos e afins, mas sem lotar os dias de seu filho a ponto de nunca deixá-lo sozinho e livre para escolher o que quer fazer. "As crianças não são senhoras de seu tempo e, hoje, acabam às vezes escravizadas até pelo prazer, com tantas idas a lanchonetes, cinema e festinhas. Os pais podem e devem co-responsabilizar os filhos por suas férias, perguntando a eles o que querem fazer", complementa Tânia, que é coordenadora do curso de extensão "Quem quer brincar?", da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O equilíbrio também é bem-vindo na seleção de atividades. Dias de chuva pedem brincadeiras indoor? Pois nos dias de sol não deixe de ir andar de bicicleta no parque. Vão viajar em família? Invente jogos coletivos, que podem ser muito divertidos - mas, na volta, deixe a criança um pouco isolada, para que tire proveito também da introspecção e de sua própria imaginação.

Quer dicas mais específicas? O Educar para Crescer conversou com especialistas e reuniu sugestões exclusivas para as férias de seus filhos. Aproveite! 
1) Diversão em família:  As férias são uma boa oportunidade de a criança conviver com os parentes e ter novas experiências e aprendizados

2) Diversão na vizinhança: Nada de TV, as crianças podem aprender muito mais nas férias ao explorar a vizinhança
3) Diversão com seus filhos: Sugestões de atividades e brincadeiras para aproximar você de seus filhos
4) Diversão com os livros: Como fazer com que os livros também façam parte das férias sem que a leitura se torne tarefa chata
5) Diversão à moda antiga: Esconde-esconde, corre-cotia, passa-anel... Lembra as brincadeiras da sua infância? Elas são ótimas para tirar as crianças da frente da TV!
6) 10 brinquedos eletrônicos que as crianças adoram: De laptop infantil a globo interativo, de sudoku a minimesa de música: idéias para fazer a alegria da garotada
7) 10 brinquedos que você pode fazer: Pipa, cinco marias, pé de lata... como fazer brinquedos artesanais para as crianças
8) Como aprender em Viagens: dicas para transformar uma viagem em diversão e aprendizado em família
9) 14 dicas para aproveitar uma visita ao zoológico: Descubra como você pode fazer seu filho se divertir e aprender sobre meio ambiente no zoológico
10) 10 maneiras de aproveitar um dia no parque ou na praça: Dicas espertas para quem vai passar as férias com as crianças em sua própria cidade
11) Guia para levar as crianças ao teatro: Um guia completo para você e seu filho se divertirem e aprenderem antes, durante e depois do espetáculo
13) 8 dicas para aproveitar uma ida a um centro histórico: Saiba como juntar diversão e conhecimento em um passeio pra lá de educativo em sua própria cidade
14) 7 dicas para aproveitar uma ida ao planetário: Olhar o céu - ou uma projeção dele - pode ser uma experiência ótima para ter com os filhos

Fonte:http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/dicas-ferias-409153.shtml

 

Guia de atividades para as férias

Um calendário com sugestões diárias para que seu filho aproveite o tempo livre com muita diversão e aprendizado

 

Clique aqui!

Mensagem de Boas Festas


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Resposta ao programa Mais Você

Senhor editor,

O programa Mais Você desta segunda-feira (28/11) trouxe duas matérias e uma entrevista com o neurologista Eduardo Mutarelli. Surpreendeu-nos negativamente, assim como toda a comunidade medica que representamos, a discussão que colocou em dúvida a existência do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Tendo em vista a condução equivocada do programa, fazemos as seguintes considerações, já ratificadas por psiquiatras de todo o país:
1. O que hoje chamamos de TDAH é descrito por médicos desde o século XVIII (Alexander Crichton, em 1798), muito antes de existir qualquer tratamento medicamentoso. No inicio do século XX, um artigo científico publicado numa das mais respeitadas revistas médicas até hoje, The Lancet, escrita por George Still (1902), descreve a TDAH. Essa descrição é quase idêntica a encontrada nos atuais manuais de diagnóstico, como o DSM-IV da Associação Americana de Psiquiatria.
2. Os sintomas que compõem o TDAH são observados em diferentes culturas: no Brasil, nos EUA, na Índia, na China, na Nova Zelândia, no Canadá, em Israel, na Inglaterra, na África do Sul, no Irã etc.
3. O TDAH é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde como transtorno mental e está listado na Classificação Internacional de Doenças (CID). E, como afirmou uma das matérias veiculadas em seu programa, segundo a OMS, 4% dos adultos e 8% das crianças e adolescentes de todo o mundo sofrem de TDAH.
4. Mais de duzentos artigos científicos já foram publicados demonstrando alterações no funcionamento cerebral de portadores de TDAH. Ressalte-se que os achados mais recentes e contundentes são oriundos de centros de pesquisa como o National Institute of Mental Health dos EUA.
5. Todo e qualquer tipo de medicação, principalmente os dispensados por prescrição médica, possuem contraindicação. Entretanto, são inegáveis os benefícios levados aos pacientes que realmente necessitam dela.
Diante do exposto, façamos uma reflexão. Se fosse uma doença “inventada” ou “mera consequência da vida moderna”, seria possível o TDAH atravessar mais de um século com a descrição dos mesmos sintomas? Se o TDAH fosse apenas “um jeito diferente de ser” e não um transtorno mental, por que os portadores, segundo pesquisas científicas, têm maior taxa de abandono escolar, reprovação, desemprego, divórcio e acidentes automobilísticos? Por que eles têm maior incidência de depressão, ansiedade e dependência de drogas? Se fosse tão somente um comportamento secundário ao modo como as crianças são educadas, ou ao seu meio sociocultural, como é possível que a descrição seja praticamente a mesma em regiões tão diferentes?
O fato inquestionável, senhor editor, é que o TDAH é um dos transtornos mais bem estudados da medicina e com mais evidências científicas que a maioria dos demais transtornos mentais.
Os pacientes e seus familiares merecem mais cuidado e atenção. É lamentável que um repórter se passe por um doente mental para escrever uma matéria e, ao final de uma semana sustentada por mentiras, se coloque na posição de aconselhar a quem quer que seja.
Imagine a gravidade da situação se esses pacientes, desinformados por essa matéria, param a medicação, tenham recaídas e venham a cometer atos graves. Quem será responsabilizado?
Ficamos imaginando os promotores da infância e adolescência e os conselheiros tutelares agindo em defesa desses pacientes.
Se houve, lamentamos os diagnósticos equivocados e o excesso de medicação informados por seu programa. Por outro lado, repudiamos toda e qualquer tentativa de se denegrir a atividade desempenhada pelo psiquiatra. Maus profissionais há em todos os lugares, inclusive entre os que, em vez de informar, prestam o curioso serviço de desinformar a população brasileira.
Com o intuito de colaborar e em função da importância do assunto, gostaríamos de ter resposta equivalente ao tempo que foi dado às discussões no programa desta segunda-feira. Sabemos que essa produção se pauta pelo interesse do cidadão e não se furtará a melhor esclarecer um assunto que é importante para milhares de pacientes, de norte a sul do país. Para tanto, colocamo-nos à disposição, assim como toda a grade de associados da ABP, para levar os esclarecimentos pertinentes. Lembramos também ser necessário ouvir as associações de familiares e pacientes com TDAH e mostrar a realidade vivenciada por eles.
Aproveitamos para convidar o senhor editor e toda a equipe do Mais Você para se engajarem na luta contra o preconceito que há em relação ao doente mental e ao psiquiatra. Pensando em como acabar com o estigma que paciente e médico carregam, a Associação Brasileira de Psiquiatria lançou a campanha “A Sociedade contra o Preconceito”, no último Congresso Brasileiro de Psiquiatria, no início de novembro. A campanha ganhou a adesão das atrizes Cássia Kiss Magro e Luíza Tomé, do locutor esportivo Luciano do Valle e dos escritores Ferreira Gullar e Ruy Castro. Pessoas que entendem a perversidade que é estigmatizar o doente mental porque passaram por isso, pessoalmente ou com familiares próximos.
Contamos com a sensibilidade do senhor editor e dos colaboradores do Mais Você para contribuir com o fim do preconceito e não alimentá-lo ainda mais.

Antônio Geraldo da Silva
Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria
Fonte:http://abp.org.br/2011/medicos/archive/4195

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Mais Você, Rede Globo, debate a banalização do diagnóstico de déficit de atenção



“Quem, nos dias de hoje, tem capacidade de guardar todas as informações? Será que o seu filho, o bagunceiro da classe, tem mesmo déficit de atenção? Parece que existe uma espécie de epidemia de falta de memória, ou melhor, de déficit de atenção. E é esse o assunto que eu vou tratar aqui, com um dos maiores especialistas da atualidade, Dr. Eduardo Mutarelli”, anunciou Ana Maria Braga no Mais Você desta segunda-feira, 28 de novembro.

Leia mais!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Reaprender, desprendendo-se...



Nos caminhos pelos quais trilhamos, muitos são os obstáculos... alguns mentais outros nem tanto.

É sobre caminho que desejo escrever.

Trilhamos caminhos baseados em escolhas, em alternativas... Muitas vezes escolhas vinculadas a escolhas anteriores que envolvem aspectos concretos, objetivos e, também, subjetivos.

Ter a capacidade de escolha é uma condição relacionada com o aprender, é psicopedagógico por  vincular-se ao desejo, ao processo de busca, de desprender-se para assim aprender...

Certa vez alguém me disse que só há desejo quando há falta. A falta gera o desejo. O investimento, só ocorre perante o desejar. Se há desejo, há sonho...

Portanto, concluo, que há quem investe e há queles que apenas esforçam-se. Estes não se permitem sonhar...

Complexo, não?


Pois é sobre isso que há algum tempo penso... relacionando com a psicopedagogia e com minha trajetória como aprendente num mundo pouco ensinante. O quanto é complexo as relações entre o desejar, o sonhar, o investir e o concretizar...

A tendência é pensar que o que se deseja está distante, não somos merecedores... não estamos adequados, não compartilhamos dos padrões... Mas o que é merecimento? O que é adequação? E padrões, o que são?

Aí vem a vida e nos mostra que estamos vivos, que é preciso mutar-se, metamoforsear-se... quebrar paradigmas, conceitos e, principalmente, (pre)conceitos... Aventurar-se em ser o que se é... inacabado, incompleto.

Lembro-me dos versos de Álvaro de Campos que diz "sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que o desejo dos outros fizeram de mim..." Sou intervalo... o "entre", quem sabe?


Nesse processo, lembro-me de Alicia Fernandez, que em nossos encontros, ao falar dos Moinhos de Vento, faz uma analogia  entre a função da psicopedagogia e a capacidade do moinho, a partir da força das tempestades, mover-se e fazer emergir da terra árida, água... e assim, permitir germinar sementes.

Pensar psicopedagogicamente é pensar que mesmo na adversidade é possível fazer emergir a potência criativa, a capacidade de aprender.

Psicopedagogia vai muito além de uma prática, seja ela clínica, institucional, hospitalar. É uma postura frente à vida. É saber retirar o melhor de cada momento, por mais difícil que pareça. É permitir-se saborear o gosto da vitória, sem ser presunçoso, arrogante... É olhar, escutar, discernir... Distanciar-se para poder contemplar.

Frente a minha leitura de mundo, isso é fazer psicopedagogia!


Portanto, ser psicopedagogo não é apenas seguir um caminho, formatar-se à ele... ao contrário! Ser psicopedagogo é permitir-se tornar-se psicopedagogo. E isso não se constrói com um diploma de graduação/ especialização. Esse caminho se constrói trilhando, essa postura se constitui frente às situações apresentadas pela vida e o que você faz com elas... Isso inclui ética!

Sinto-me muito feliz com o caminho escolhido!

E surpreendo-me que, sem nem mesmo saber, essa escolha já havia sido feita muito antes de eu dar-me conta dela. Porque postura psicopedagógica não se compra na loja da esquina, ela se constitui dia-a-dia. E engana-se quem pensa que é fácil... Não é nada fácil! Pode ser doloroso! É preciso desconstruir, desfazer, desaprender, desprender-se... para assim se reencontrar.

Por Rosanita Moschini Vargas
Primavera/2011.

terça-feira, 15 de novembro de 2011



"É tempo de pesquisar no tempo
uma estrela nova, um sorriso;
de dizer à nuvem: sê escultura;
e à escultura: sê nuvem.
Tempo de desejar, tempo de pensar
madura e docemente o bom de acontecer
(e mesmo não acontecendo fica desejado),
pássaro-mensageiro, traço
entre vida e esperança
como satélite no espaço.
Na volta da esperança,
um princípio de vida:
ser outra vez criança
por toda, toda a vida."


CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Excelente semana!

Revistas E.Psi.B.A

Tenho disponível exemplares da Revista E.Psi.B.A número 10 e 11.
Caso tenham interesse em adquiri-las, entrem em contato pelo e-mail rosanitamoschini@gmail.com
Coloquem como assunto "Revista EPsiBA" que em breve retornarei com as informações!








Revista 11 - RESTA 1
"Ante el dolor social: Autorías Grupales" 

Cantidad 
de páginas: 119

Sumario
- Editorial. Dolor social.
- ¿Alguien responderá? Alicia Fernandez
- Decíselo a alguien: el lenguaje de la 

violencia en la escuela. Susana Podestá
- Aunque el mundo reviente... "Chicos! 

me escuchan? chicos! por favor!".Dora Chirino
- Una experiencia pedagógica en la facultad 

de psicología. Graciela Dondo
- VI Jornadas E.PSI.B.A.: Situación persona 

aprendiendo. ¿Investigar? ¿Descubrir? ¿Encontrar? 
¿Explicar? ¿Entender?. Alicia Fernandez
- Niños en el dibujo: entre ingeniería y arte.

 Jorge Gonçalvez da Cruz
- S.P.A. Investigador - Sujeto da investigaçao.

 Yara Stela Rodrigues Avelar
- De expertos y analfabetos. Adriana Lozano
- Mirar... Mir-arte: combinando pinceladas.

 Fabiana Eisemberg y Adriana Lozano
- Construyendo un taller, un equipo, una mirada. 

Cristina Cordón Larios, Silvia Lannantuoni y Silvina Salvatori
- Rescatando la potencia creativa del aprender. 

Alejandra Libenson
- Ecos de las VI Jornadas Psicopedagógicas. 

Lina Chazarreta
- Construyendo posturas psicopedagógicas. 

Os materiais da autoria.Regina Orgler Sordi
- Os quatro pilares do atendimiento psicopedagógico.

 Ana Luiza Snoeck Neiva Amaral
- Esconde-esconde. Procura-procura. Quem? 

Tercia de Tasso Moreira Pitta
- El desarrollo de la psicopedagogía. Helen High


Revista 10
"Familias y escuelas, modos de pensar y pensarlas. 
Desafíos presentes" 
Cantidad 
de páginas: 99

Sumario
- La sociedad "hiperkinética" y "desatenta" medica 

lo que produce. Alicia Fernández- Familia, escuela y 
salud. Alicia Stolkiner
- Flexibilidad y/o precarización en el campo clínico. 

Osvaldo Saidón
- Psicoanálisis y educación. Jorge Conçalves da Cruz
- Los déficits atencionales: Un enfoque desde la neuropediatría.

 Lidia Cáceres
- Jugar con las palabras. Beatriz Rama Montaldo
- A psicopedagogia. Como dobra na transdisciplinareidade. 

Neusa Kern Hickel
- Fracaso escolar: ¿fracaso de las metodologías?. 

Silvia Nora lannantuoni
- Interpretação psicopedagógica: Construção ética, 

estética, dialética. Yara Stela Rodrigues Avelar
- Pensar en mi hijo y no por mi hijo. Silvana Filadoro y 

Lorena Yonadi
- Construindo uma identidade, uma historia e várias 

aprendizagens.Luciane Bonamigo Valls
- Quem ensina o que aprende. Mirella D'Angelo Viviani
- A psicopedagogia clínica como instrumento de ação social. 

Lenita Tonera
- Pensabrincamentos ou brincapensamentos. Marlise von Reisswitz
- Poemas. Joaquím Pedro Ferreira Neto; Eliana Carvalho; Viviane Moraes; 

Ione da Consolação Pinto Silva


sábado, 12 de novembro de 2011

Alegria

Mensagem final da conferência de Alicia Fernández no XX Encontro Estadual de Psicopedagogos do RS:

Temos desterrado a alegria
A terra de onde ela nasce foi asfaltada
O cimento que a asfixia está composto de tédio, abulia, aborrecimento, desesperança.

Não é a tristeza a responsável por amordaçar a alegria.
Tampouco a angústia. Ao contrário, sentir angústia é a prova de que por debaixo do cimento ainda resta terra fértil.

Terra úmida, húmus humano por onde possa brotar a autoria que irá rachando o cimento.
Pelo pavimento do tédio se deslizam facilmente a frustração, a anorexia, a bulimia, a inibição cognitiva, a "síndrome do pânico” e as drogas (as ilegais e também as receitadas).

Os meninos, brincando à intempérie da asfaltada frustração dos maiores, talvez busquem com `inquietude´, `hiperatividade´ e ` desatenção´ algo de terra debaixo do alcatrão.

Conhecer, escutar, perguntar, abrir os olhos, falar. Podem fazer sofrer, mas não matar a alegria já que a alegria é o reconhecermos com a possibilidade de mudar e mudar-nos.

Esconder, fechar os olhos, tapar os ouvidos, calar, encapsular, medicamentar... translada, desloca a dor e adoece.
O contrário da alegria não e a tristeza, mas o aborrecimento, o omitir-se, o desaparecer.

A Alegria não é algo "light" que nos infantiliza, senão a força que permite a potencia criativa, incisiva e indiscreta da criança que extraviamos na busca pelo êxito adulto.

Da obra: “PSICOPEDAGOGIA EM PSICODRAMA" - Editora Vozes, 2001.


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

12 de Novembro - Dia do Psicopedagogo



Olhar, além de ver...
Sentir...
Ouvir...
Criar espaços...
Re-des-conhecer-se...
Re-descobrir-se
Des-aprender; Des-prendendo-se
Contribuir ...
Respeitar...
Fazer a diferença!


Feliz Dia TODOS os Dias!
(Pp Rosanita Moschini Vargas)



quinta-feira, 10 de novembro de 2011

ENCONTRO ESTADUAL DE PSICOPEDAGOGOS DO RS - ABPp/RS

Será nesse final de semana - 12 e 13 de novembro - o Encontro Estadual de Psicopedagogos do RS.

Local: Hotel Ritter - (51) 3210.4000
Endereço: Largo Vespasiano J. Veppo, 55 - Porto Alegre/RS

Confira abaixo a programação:



É a Psicopedagogia fazendo diferença!




terça-feira, 8 de novembro de 2011

TRANSTORNOS E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: entendendo melhor os alunos com necessidades especiais

O livro foi lançado na Bienal de Salvador e encontra-se à venda através da Wak Editora.


Um dos capítulos é de minha autoria: Autismo e Síndrome de Asperger: caminhos possíveis.

Adquira o seu exemplar!!!

Envie um e-mail para 
rosanitamoschini@gmail.com

Em breve receberá as orientações para a aquisição!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Quando e como aplicar técnicas de estudos às crianças



Começamos um novo curso, depois de umas merecidas férias, e todos temos as melhores intenções do mundo. Mas muitas vezes ficamos apenas nisso, nas boas intenções. E temos que dizer que não vale apenas boa vontade. A gente se empenha em fazer tudo o que nos propomos, mas depois chega o difícil, manter o horário, encontrar tempo, etc., e depois de um mês já abandonamos quase tudo.

E não é falta de competência, é que não sabemos como temos que nos preparar desde o princípio.

Nos estudos é a mesma coisa.

Podemos escutar muitas vezes os adolescentes: Eu não consigo estudar!, Não me dá tempo!, Nunca gostei de matemática!... Mas eles se dão conta que quando refletem existem coisas que não vão bem.

Meu filho não gosta de estudar
- Tem crianças que se empenham durante todo um período, e quando se dão conta só fizeram uma coisa, e quando são chamados para jantar se dão conta que não sabem o que aconteceu e todos os deveres ainda estão por fazer.

- Deu branco no exame!. Levei dois dias estudando e agora não me lembro de nada!.

- É que meu filho não gosta de estudar, não é capaz de se sentar e trabalhar, passa toda a tarde em frente à TV ou no computador. Não sei o que fazer com ele!

Todos sabemos ou pelo menos nos lembramos de algumas técnicas de estudo: como devemos nos sentar diante uma mesa para estudar (retos, cômodos), com a higiene ambiental adequada (luz, calor, ruído adequado), controlar os tempos, saber fazer resumos, esquemas, etc. Mas não colocamos isso em prática.

Desde muito pequenos, devemos educá-los na disciplina e no estudo. No primário, podem ir até mais ou menos bem, mas logo chega o secundário e tudo vai por água abaixo. E não me refiro a que sejam reprovados, mas que começam a sofrer e lutar para tentar aprender de qualquer forma, quando isso se deve aprender e educar desde cedo, e além disso, em casa. E digo desde casa, porque não é responsabilidade do colégio. O professorado já sabe de memória como devem estudar, e explicam nas aulas todos os anos, mas os alunos têm que colocar em prática com apoio e supervisão da família.

Quando chegar em casa à tarde, há tempo para merendar, para falar de como foi no colégio, com os amigos, professores, piadas novas...etc. Logo começamos a trabalhar. Para isso não tem discussão. Todos temos responsabilidades e devemos cumprir com elas (se no princípio custa, pode-se recorrer a um sistema de prêmios por acordos conseguidos). Deve-se começar já com as crianças pequenas, dedicando-lhes uma horinha todos os dias: lemos um conto, fazemos um desenho, aprendemos a fazer quebra-cabeças, a recortar, a fazer os laços dos sapatos... No princípio significará termos que fazer isso todos os dias, sem exceção. Com o tempo, veremos como podemos, pouco a pouco, deixá-los a sós e ver que adotaram esse costume de trabalhar todos os dias. Se nos sobra tempo, podemos brincar, ver um pouco de televisão ou brincar no computador (sempre controlando o tempo) e sempre nessa ordem: primeiro o trabalho e depois a distração.

Existem pais que se queixam porque para merendar, os filhos se colocam em frente à TV e logo não têm como desligá-la para que comecem a estudar. Neste treinamento, para conseguir o hábito de estudar, devemos levar a sério desde o princípio, e fazê-lo bem (para comer não necessitamos da televisão).

Técnicas de estudos às crianças
Já com 7-8 anos podemos introduzir o conceito de tempo de estudo. Para evitar o exemplo anterior de que se passa toda uma tarde sem haver terminado os deveres, temos que praticar com o relógio e os horários. Por exemplo, começamos com uma palavra cruzada por dia. Controlamos no primeiro dia quanto demora (coloquemos dez minutos) e a partir desse dia propomos à criança, tentar ganhar dela mesma e superar seu próprio recorde (9-8-7 minutos). Isso não é para se afobarem com o tempo, mas para que compreendam que quando nos colocamos um tempo, as coisas funcionam de uma maneira, e quando não é assim, podemos passar horas para realizar o mesmo trabalho. Quanto antes terminem, mais tempo terão para brincar depois.

Isto servirá como aquecimento, para logo passar a uma outra atividade. Ler todos os dias pelo menos 15 minutos e também com bom ritmo.

Quando vão crescendo, a palavra cruzada pode ser substituída por algum exercício simples ou alguma matéria fácil e rápida, para logo passar a matérias que nos custe ou tenha mais trabalho no dia seguinte. Não podemos deixar para o final de semana, já que sempre haverá alguma desculpa para não fazê-lo (estou cansado, não tenho vontade, melhor que me explique amanhã...)

As crianças se acostumaram a fazer os deveres (somente os exercícios que passam na sala de aula) todos os dias e com isso já cumpriram. Isso não vale. Primeiro se estuda a pergunta e logo se fazem os exercícios.

Se uma criança está atenta na sala de aula à explicação (1º), estuda em casa (2º), aprende (3º), faz exercícios (4º), os corrige na sala (5º), faz resumo ou roteiro (6º) e repassa as perguntas de tempo em tempo (7º) até o dia da avaliação, como não vai saber a lição para o dia do exame depois de ter repassado pelo menos 7 vezes a mesma pergunta?

Claro que se não está atenta na sala de aula, não faz os deveres e estuda um dia antes do exame, já sabemos como sairá.

Quando começamos a educar os filhos, devemos ter claro que buscamos o melhor para eles, e nessa vida as coisas se conseguem com esforço. Com essa disciplina, que queremos ensiná-los para seu bem, vamos poder chegar à conclusão que todos estamos cansados, mas que eles têm seu trabalho pela tarde, igual a nós com comidas, no passar roupas, ajudar os filhos nas tarefas...e o fazemos com gosto. No final do dia, uma vez realizadas nossas tarefas, podemos descansar, ler, etc. E deitaremos com a satisfação do dever cumprido.

María Concepción Luengo de Pino
Psicopedagoga

Fonte: http://br.guiainfantil.com/

sábado, 15 de outubro de 2011

Feliz DIA TODOS os DIAS!




"O que aprendi com meus mestres, muitas vezes nem mesmo eles sabiam que sabiam ou pretendiam ensinar. O que aprendi com a vida, com o viver, muito provavelmente nem eu mesmo pretendia aprender. O que ensinei, muito provavelmente deva estar além, ou aquém, ou simplesmente em outra direção com relação às minhas intenções. O que ensinei, muitas vezes não aprendi; e o que aprendi, muitas vezes não ensinei. Aprendi com a criança indígena que acariciava um animal; ensinei o transeunte que me observava? Aprendi com o tempo transfigurado na face de meu pai; ensinei minha filha com minha ausência, no inverno passado? Aprendi com as árvores e ensinei a mim mesmo, até aprender a des-a-prender. Aprendi, e tantas vezes reaprendi o sentido do meu próprio prazer, ao prender, ao trazer a mim, ao me surpreender, e ao me desprender, por me reencontrar."

Sérgio Augusto Sardi

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Você sabe como surgiu o Dia do Professor?

Compartilho com vocês a apresentação da ilustre Júlia Eugênia Gonçalves, psicopedagoga:

Clique na imagem para abrir o link!

domingo, 9 de outubro de 2011

TRANSTORNOS E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: entendendo melhor os alunos com necessidades especiais

Em primeira mão: a capa do livro!

O livro será lançado pela WAK Editora na Bienal do livro de Salvador/BA.

Faço parte desta obra organizada pelas psicopedagogas Simaia Sampaio e Ivana Braga de Freitas, com o artigo sobre Autismo e Síndrome de Asperger.

Em breve estará à venda pelo site da Editora WAK e nas melhores livrarias!

"Quando se sonha sozinho é apenas um sonho. 
Quando se sonha junto é o começo da realidade." 
D. Quixote




sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Dislexia: conhecendo particularidades

Dia 04 de outubro tive a oportunidade de realizar uma oficina sobre Dislexia com o grupo de professores da Escola Estadual Edna May Cardoso, em Santa Maria/RS.
A oficina faz parte das ações da equipe diretiva e grupo de professores frente a necessidade de conhecimento, partilha de experiências, bem como a busca por novas perspectivas a fim de qualificar suas ações em sala de aula frente a diversidade.
Foi um prazer ter estado entre esse grupo comprometido com a educação!
Seguem alguns registros do encontro:



Vídeo apresentado durante a oficina:


Por Rosanita Moschini Vargas

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Encontro Grupo de Psicopedagogos

Nos dias 16 e 17 de setembro nosso grupo reuniu-se em Porto Alegre/RS com o objetivo de compartilhar vivências psicopedagógicas.
Este grupo faz parte do Atendimento Didático-psicopedagógico para Psicopedagogos, coordenado por Alicia Fernández, com encontros trimestrais.
Na ocasião, nossa ilustre coordenadora, nos presenteou com o pré-lançamento de seu livro "A atenção aprisionada: psicopedagogia da capacidade atencional", traduzido para o português por Neusa Hickel e Regina Sordi e editado pela Editora Penso.

Clique na imagem e adquira o seu exemplar!

O momento foi de muita alegria e celebração, uma vez que foi um pré-lançamento num "espaço de intimidade", como a própria Alicia descreveu.
Segue abaixo algumas fotos que traduzem o momento especial!

Alicia Fernandez e Regina Sordi

Alícia presenteando Regina com o livro em espanhol.

Um brinde à Psicopedagogia, aos fios que nos ligam!


Autógrafos... 


Momento especial...


Queridas colegas e amigas... 
Da esq para a dir Tania Franciosi, Suzi Rodrigues de Sá, Lucimara Maia, Alícia Fernandez, Rosanita Moschini Vargas, Nargel Kirsch, Olívia Teixeira, Beatriz Molinos e Luccia Vellozo (que nos fotografou!).

Ao lado do banner que nos recepcionou...

Todas reunidas!

Grande momento... compartilhando vivências, resignificando, sustentando!
E nesse caminhar vamos tecendo fios, interligando-nos.


Por Rosanita Moschini Vargas

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O que seu filho faz depois da escola?

Atividades extra-curriculares auxiliam no aprendizado e no desenvolvimento intra e interpessoal.

É claro que não se estamos falando aqui de criança com agenda de adulto, em que o brincar, o "dormir até mais tarde" são, geralmente, desfavorecidos. E sim, de possibilidades além dos muros da escola, onde a criatividade, a convivência, o desenvolvimento de talentos e a construções de novas relações são oportunizadas sob uma ótica diferenciada. 

Clique no link abaixo, 
convide seu filho(a) para responder as perguntas e descubra o que mais combina com ele(a)! 
Aproveite a oportunidade para surpreender-se!!!


PRIMAVERA - Cecília Meireles


A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.  

Texto extraído do livro  Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1
Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.


I Fórum de Psicopedagogia de Ribeirão Preto







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Associação Brasileira de Psicopedagogia
Rua Teodoro Sampaio, 417 - conj.: 11 - Pinheiros - CEP: 05405-000
São Paulo - SP Fone/Fax: (11) 3085-7567/ 3085-2716


terça-feira, 20 de setembro de 2011

EDUCASUL - 24, 25 e 26/10 - Floripa/SC.



Tema: Professor@s em ação – Conhecimentos e Saberes em Foco

Programação dirigida a professores, educadores e gestores pedagógicos de escolas de educação infantil e ensino fundamental com conteúdo específico e os mais renomados conferencistas e palestrantes do segmento. É uma excelente oportunidade de atualização profissional e qualificação do ensino em sua escola.
Além das conferências, palestras, mesas-redondas e mini-cursos, o Educasul oportuniza a troca de conhecimento e experiências entres os profissionais da Educação através da apresentação de trabalhos, na forma oral e poster. 


Trabalhos
Confira o resultado da avaliação dos trabalhos enviados para o EDUCASUL 2011.
Clique aqui


Eu estarei lá!!!
Autismo e esquizofrenia: compreendendo diferentes condiçõesOralRosanita Moschini VargasCarlo Schmidt Aprovad

VISITE O SITE DO EVENTO:
 http://www.educasul.com.br/2011/index.html

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Livro: TRANSTORNOS E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: entendendo melhor os alunos com necessidades educativas especiais

O livro está no forno da WAK Editora!
Será lançado na Bienal do livro de Salvador/BA (http://www.bienaldolivrodabahia.com.br/)

Faço parte desta obra organizada pela reconhecida Psicopedagoga Simaia Sampaio, é de minha autoria o artigo sobre Autismo e síndrome de Asperger.

Em breve estará à venda!!!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ENCONTRO ESTADUAL DE PSICOPEDAGOGOS DO RS - ABPp/RS


XX ENCONTRO ESTADUAL DE PSICOPEDAGOGOS DO RS
&
VII MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS EM PSICOPEDAGOGIA


PSICOPEDAGOGIA: APRENDER COM AS RELAÇÕES FAMILIARES


12 E 13 novembro de 2011
Ritter Hotéis - Porto Alegre/RS

INSCRIÇÕES PELO SITE www.abpprs.com.br EM 10/09/2011
GARANTA SUA INSCRIÇÃO!


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Psicopedagogia... dica de leitura

Vivenciar Psicopedagogia é um estado de ser e estar sempre em formação, projeção e em processo de permanente criação. Criação de sentidos para nossa própria trajetória enquanto aprendentes e ensinantes, enquanto seres viventes na complexa gama de relações que estabelecemos com o nosso tempo e espaço humano. Todas as nossas ações e produções, por serem humanas, estão sempre em processo de permanente abertura, colocadas em um prisma próprio para novas interpretações e busca de sentidos e estão situadas em um movimento incessante de desconstrução e de re-construção. Dito isso de uma outra forma, afirmarmos que, no nosso tempo de reconfiguração paradigmática, os conceitos estão constantemente sendo revistos e ganhando novos significados. Com a Psicopedagogia, não podia ser diferente, visto que o pensar reflexivo sobre esta área do conhecimento se constitui em uma das importantes tarefas a ser desempenhada por quem a tem como campo de ação, profissionalidade, dedicação e estudo.

O objetivo desse livro é organizar um conjunto de idéias para colaborar para a construção de uma visão ampla sobre o que vem a ser a Psicopedagogia e seus desdobramentos conceituais, propondo-se a servir como um elemento propulsor de novas buscas e conhecimentos.
Escrito de forma clara e objetiva, o autor busca, com esse livro, a formação de uma unidade do saber, onde uma visão de conjunto sobre a Psicopedagogia se constitua como articulação em movimento, uma oportunidade aberta de perceber o quanto o fazer psicopedagógico carrega de inquietação, entusiasmo, busca, construção e reconstrução de caminhos.
Uma visão sobre Psicopedagogia como uma práxis extremamente plural, dinâmica, interdisciplinar e carregada de subjetividade. Uma obra voltada para a compreensão dos processos de ensinagem contemporâneos, seus limites e potencialidades, suas possibilidades.
 
Fonte: http://www.wakeditora.com.br/mostrar_livro/mostrar_livro.php?livro=4759

Dislexia


Por Simaia Sampaio

O que é?
 
       A dislexia é um distúrbio na leitura afetando a escrita, normalmente detectado a partir da alfabetização, período em que a criança inicia o processo de leitura de textos. Seu problema torna-se bastante evidente quando tenta soletrar letras com bastante dificuldade e sem sucesso.
Porém se a criança estiver diante de pais ou professores especialistas a dislexia poderá ser detectada mais precocemente, pois a criança desde pequena já apresenta algumas características que denunciam suas dificuldades, tais como:
 
-   - Demora em aprender a segurar a colher para comer sozinho, a fazer laço no cadarço do sapato, pegar e chutar bola.
-   - Atraso na locomoção.
-   - Atraso na aquisição da linguagem.
-   - Dificuldade na aprendizagem das letras.
 
A criança dislexa possui inteligência normal ou muitas vezes acima da média. Sua dificuldade consiste em não conseguir identificar símbolos gráficos (letras e/ou números) tendo como conseqüência disso a dificuldade na leitura e escrita.
A dislexia normalmente é hereditária. Estudos mostram que dislexos possuem pelo menos um familiar próximo com dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita.
O distúrbio envolve percepção, memória e análise visual. A área do cérebro responsável por estas funções envolve a região do lobo occipital e parietal.
 
Características:
 
- Confusão de letras, sílabas ou palavras que se parecem graficamente: a-o, e-c, f-t, m-n, v-u.
- Inversão de letras com grafia similar: b/p, d/p, d/q, b/q, b/d, n/u, a/e.
- Inversões de sílabas: em/me, sol/los, las/sal, par/pra.
- Adições ou omissões de sons: casa Lê casaco, prato lê pato.
- Ao ler pula linha ou volta para a anterior.
- Soletração defeituosa: lê palavra por palavra, sílaba por sílaba, ou reconhece letras isoladamente sem poder ler.
- Leitura lenta para a idade.
- Ao ler, movem os lábios murmurando.
- Freqüentemente não conseguem orientar-se no espaço sendo incapazes de distinguir direita de esquerda. Isso traz dificuldades para se orientarem com mapas, globos e o próprio ambiente.
- Usa dedos para contar.
- Possui dificuldades em lembrar se seqüências: letras do alfabeto, dias da semana, meses do ano, lê as horas.
- Não consegue lembrar-se de fatos passados como horários, datas, diário escolar.
- Alguns possuem dificuldades de lembrar objetos, nomes, sons, palavras ou mesmo letras.
- Muitos conseguem copiar, mas na escrita espontânea como ditado e ou redações mostra severas complicações.
- Afeta mais meninos que meninas.
 
 
O dislexo geralmente demonstra insegurança e baixa auto-estima, sentindo-se triste e culpado. Muitos se recusam a realizar atividades com medo de mostrar os erros e repetir o fracasso. Com isto criam um vínculo negativo com a aprendizagem, podendo apresentar atitude agressiva com professores e colegas.
 
     Antes de atribuir a dificuldade de leitura à dislexia alguns fatores deverão ser descartados, tais como:
 
- imaturidade para aprendizagem;
- problemas emocionais;
- métodos defeituosos de aprendizagem;
- ausência de cultura;
- incapacidade geral para aprender.
 
Tratamento e orientações:
 
- O tratamento deve ser realizado por um especialista ou alguém que tenha noções de ajuda ao dislexo. Deve ser individual e freqüente.
Durante o tratamento deve-se usar material estimulante e interessante. - Ao usar jogos e brinquedos empregar preferencialmente os que contenham letras e palavras.
- Reforçar a aprendizagem visual com o uso de letras em alto relevo, com diferentes texturas e cores. É interessante que ele percorra o contorno das letras com os dedos para que aprenda a diferenciar a forma da letra.
- Deve-se iniciar por leituras muito simples com livros atrativos, aumentando gradativamente conforme seu ritmo.
- Não exigir que faça avaliação de outra língua. Deve-se dar mais importância na superação de sua dificuldade do que na aprendizagem de outra língua.
- O tratamento psicológico não é recomendado a não ser nos casos de graves complicações emocionais.
- Substituir o ensino através do método global (já que não consegue perceber o todo), por um sistema mais fonético.
- Não estimule a competição com colegas nem exija que ele responda no mesmo tempo que os demais.
- Oriente o aluno para que escreva em linhas alternadas, para que tanto ele quanto o professor possa entender o que escreveu e poder corrigi-los.
- Quando a criança não estiver disposta a fazer a lição em um dia ou outro não a force. Procure outras alternativas mais atrativas para que ele se sinta estimulado.
- Nunca critique negativamente seus erros. Procure mostrar onde errou, porque errou e como evitá-los. Mas atenção: não exagere nas inúmeras correções, isso pode desmotivá-lo. Procure mostrar os erros mais relevantes.
- Peça que os pais releiam o diário de classe sem criticá-los por não conseguir fazê-lo, pois a criança pode esquecer o que foi pedido e/ou não conseguir ler as instruções.
 
Bibliografia:
 
CONDEMARÍN, Mabel, BLOMQUIST, Marlys. (1989). Dislexia; manual de leitura corretiva. 3ª ed. Tradução de Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artes Médicas.
ELLIS, Andrew W. (1995). Leitura, escrita e dislexia: uma análise cognitiva. 2 ed. Tradução de Dayse Batista. Porto Alegre: Artes Médicas.
   JOSÉ, Elisabete da Assunção José & COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. 12ª    edição, São Paulo: Ática.