sábado, 17 de fevereiro de 2018

É PRECISO FALAR SOBRE O TRANSTORNO OPOSITIVO-DESAFIADOR NA INFÂNCIA!

Situações como birra, mau humor, desobediência são comportamentos comuns em crianças de várias idades, mas há situações em que a desobediência ganha um patamar de severidade. A criança passa a apresentar dificuldades e autocontrolar-se, forte temperamento e dificuldade no controle das emoções, demonstrando-se além de teimosa, muito resistente a qualquer tipo de ordem. Ou seja, parece testar continuamente os limites colocados pelos pais ou cuidadores a todo o momento. Esses são sintomas que podem estar associados ao Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD).
            As características mais recorrentes estão associadas a perda frequente de paciência, discussões com adultos, recusa em obedecer regras, estado de perturbação e severa implicância com as pessoas, com tendência a responsabiliza-las pelos erros e comportamento inadequado. O estado de aborrecimento apresentado por crianças que são portadoras do TOD são extremos: como raiva, agressividade, irritabilidade, ressentimento, rancor e ideias de vinganças.
Dados estatísticos revelam que 2% a 16% das crianças em idade escolar apresentam o TDO. O transtorno ainda é duas vezes mais frequente entre meninos, e os sintomas iniciais ocorrem entre os seis e oito anos de idade. A gravidade dos sintomas podem ser de leve, moderado à severo.
Há evidências de influências hormonais, genéticas e neurofuncionais. No entanto, a dinâmica familiar pode reforçar um padrão de comportamento inadequado, ou seja, há influencia de fatores genéticos e ambientais.
Na hora de procurar ajuda, o psiquiatra, o neuropediatra ou o neuropsicólogo especializados em tratamento infanto-juvenil podem ajudar no diagnóstico clínico. Contudo, cabe destacar que é comum o TDO ser confundido com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Com o diagnóstico e tratamento adequado o prognóstico é de a criança deixará de apresentar os sintomas nos anos seguintes, desde que haja acompanhamento psicoterapêutico. Crianças que não possuem este tipo de acompanhamento, tendem a demosntrar evolução dos sintomas, podendo evoluir para o Transtorno de Conduta. Quando o TOD não é tratado, estumos apontam que 75% dos casos podem evoluir para o Transtorno de Conduta.
A participação dos pais é de extrema importância no tratamento da criança com TDO.
Também é importante ser um modelo pacífico e positivo para a criança, evitando agressividade e violência. A família é um grande modelo de aprendizagem para a criança.
Sempre que possível, fortaleça a autoestima de seu filho, evitando dizer coisas como: “você não faz nada certo” ou “você é o pior da escola”. Vale também estimular a prática de esportes, que ensina conceitos básicos de respeito, ética, moral, hierarquia, companheirismo, organização, liderança, cooperação, competição, regras, limites, além do desenvolvimento de habilidades motoras e sociais. Por fim, mantenha um canal de comunicação aberto com a escola para monitorar comportamento do estudante quando ele estiver fora de casa.

DICA DE LEITURA:

“O Reizinho da Casa — Manual para Pais de Crianças Opositivas, Desafiadoras e Desobedientes”


Nenhum comentário:

Postar um comentário