sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Marcos do desenvolvimento: Audição

Escrito para o BabyCenter Brasil

Audição

Seu bebê já ouve bem desde que nasce, tirando os casos em que há alguma deficiência auditiva. Conforme cresce, ele vai usar o ouvido para absorver uma quantidade enorme de informação sobre o mundo que o cerca, o que por sua vez estimulará o cérebro e colaborará para conquistas no âmbito físico como sentar, virar, engatinhar e andar.

Quando se desenvolve

A audição do seu bebê estará totalmente madura ao final do primeiro mês de vida, mas vai demorar um pouco mais para que ele realmente entenda tudo o que está ouvindo.

Como se desenvolve

Desde que nasce, seu bebê presta atenção às vozes, principalmente as mais agudas, e responde a sons conhecidos (sua fala, uma história que ouve com frequência etc.). Também pode se assustar com barulhos fortes e repentinos.

Com 3 meses, o lobo temporal do bebê -- que participa da audição, da linguagem e do olfato -- fica mais receptivo e ativo. Por isso, ao ouvir sua voz, seu filho pode olhar diretamente para você e começar a fazer sons para responder. Mas falar e ouvir são atividades que podem cansá-lo. Nessa idade, se seu filho desviar o olhar ou perder a concentração enquanto você conversa com ele ou lê uma história, não é preciso se preocupar com possíveis problemas na audição. Pode ser só excesso de estímulo.

Com 5 meses, o bebê vai perceber a origem dos sons, e vai se virar sempre que ouvir um barulho novo. Crianças de 5 meses também são capazes de reconhecer o próprio nome -- observe como seu filho olha para você quando você o chama, ou quando fala sobre ele com outras pessoas.

O que vem pela frente

A audição do bebê se desenvolve totalmente quando ele é bem pequeno, mas é importante detectar qualquer problema bem cedo. Uma boa audição é a base para o desenvolvimento da fala. Quando ouve os outros falarem, o bebê aprende o som das palavras e a estrutura das frases, coisas essenciais para a formação da linguagem.

O que você pode fazer

Muitas maternidades oferecem o chamado "teste da orelhinha", a triagem auditiva neonatal, que não incomoda o bebê e pode ajudar a diagnosticar alguma deficiência bem cedo, amenizando as sequelas.
Além do exame, há muita coisa que você pode fazer para ajudar seu filho a se acostumar com sons novos e aprender com eles. Experimente recitar versinhos populares, cantar e tocar música para ele. Não há necessidade de se restringir a musiquinhas infantis. Você pode mostrar qualquer coisa ao seu filho, seja MPB, música clássica ou rock. Até um sino dos ventos pendurado na janela ou o tiquetaque de um relógio são suficientes para entreter o bebê -- quanto mais variados os sons, melhor. Logo você vai perceber que seu filho prefere um tipo de som ao outro, quando ele começar a demonstrar seus primeiros gostos.

Ler para uma criança, não importa a idade, é sempre benéfico, pois ajuda o bebê a treinar o ouvido para a cadência da língua. Por isso vale a pena variar o tom de voz (grossa para o Lobo Mau, fininha para a Chapeuzinho Vermelho), dar ênfase em determinados trechos e acompanhar a leitura com gestos, o que vai tornar a experiência mais estimulante para vocês dois. Além disso, quanto mais você ler para seu filho e conversar com ele, mais sons e palavras ele vai aprender, no caminho certo para começar a falar.

Bebês de cerca de 4 ou 5 meses podem começar a observar sua boca com atenção quando você fala, e tentar imitar entonações e pronunciar sons consonantais como "m" e "b".

Quando se preocupar

Os bebês são surpreendentes: conseguem (ainda bem!) continuar dormindo mesmo com o telefone tocando ou o cachorro latindo. É normal -- eles precisam dormir. Apesar de a grande maioria dos bebês escutar muito bem, algumas crianças apresentam déficits auditivos, em especial se tiverem nascido muito prematuras ou se sofreram privação de oxigênio ou alguma infecção grave ao nascer. Quando há casos de problemas auditivos na família, o risco de o bebê ter alguma deficiência nessa área é maior.

O normal é que, quando acordado e alerta -- e sem estar resfriado nem com dor de ouvido, que podem afetar a audição --, o bebê se assuste com barulhos fortes e repentinos, acalme-se e olhe para você ao ouvir sua voz e pareça reagir aos sons que o cercam.

O "teste da orelhinha", simples e rápido, verifica a audição de recém-nascidos e pode ser feito na própria maternidade. Hospitais públicos de várias regiões já oferecem o exame gratuitamente. Se seu bebê não fez o exame quando nasceu, converse com o pediatra. Também dá para avaliar a audição do seu bebê em casa, com os seguintes testes práticos:

Menos de 3 meses: Bata palmas por trás da cabeça do bebê. Se ele se assustar, está ouvindo bem. Se não, tente mais algumas vezes.
De 4 a 6 meses: Chame seu filho pelo nome e observe se ele vira a cabeça ou reage ao som da sua voz. Preste atenção se ele mexe os olhos e a cabeça para procurar de onde vem algum som interessante.
De 6 a 10 meses: Verifique se a criança reage ao próprio nome e a sons conhecidos do ambiente em que vive, como o toque do telefone ou o barulho do aspirador de pó.
De 10 meses a 1 ano e 3 meses: Peça ao seu filho que aponte para a imagem de alguma coisa conhecida em um livro (o "au au", por exemplo). Se ele não conseguir, talvez não esteja escutando o pedido.

Se seu filho passou em todos esses testes mas você continua preocupada, confie no seu instinto de mãe e converse com o pediatra. O ideal é que eventuais problemas de audição sejam detectados o mais cedo possível. Segundo as pesquisas mais recentes, o uso de equipamentos para auxiliar na audição antes dos 6 meses de idade colabora significativamente para que essas crianças desenvolvam a fala e a linguagem. 
 
http://brasil.babycenter.com/baby/desenvolvimento/audicao/

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